Uma pesquisa recente do Content Marketing Institute com profissionais da área indicou as ações que apresentaram melhores resultados nos últimos 12 meses. Entre as estratégias mais assertivas, foram mencionados os eventos virtuais (mencionados por 58% dos respondentes), eventos físicos (37%), infográficos e modelos 3D (27%), e conteúdo transmitido ao vivo (25%).
Todas essas atividades têm algo em comum: a interatividade direta do consumidor com a marca — e, em muitos casos, a tecnologia como principal plataforma para chamar a atenção dele.
“O emprego de tecnologia e a maneira como ela permite que nos aproximemos de consumidores sem estar do outro lado do balcão é uma amostra representativa das transformações que a interatividade traz ao marketing, e como as ferramentas digitais entram nessa dança. Basta levarmos em conta que, nesse mesmo universo, são empregados termos como o marketing conversacional, e o social commerce, ou comércio social”, afirma Satye Inatomi, sócia da Jahe Marketing.
O marketing conversacional trata de plataformas que permitem a criação de uma conversa virtual entre empresas e consumidores — chatbots e assistentes virtuais como a Alexa, da Amazon, a Siri da Apple ou o Google Home. Um pequeno negócio que atende seus clientes por meio do WhatsApp, por exemplo, também já está empregando o marketing conversacional.
Já o social commerce é um fenômeno que igualmente explora o potencial do mundo conectado, partindo da premissa de que as redes sociais podem servir como plataformas para a compra e venda de produtos — alinhando o consumo com a interação social entre seguidores e fãs de uma marca.
“A tendência da interatividade é interessante, pois pode abarcar todo tipo de negócio. Há, é claro, ações de marketing empregadas por marcas gigantes que são inspiradoras, mas existem muitas ideias a serem colocadas em prática por empresas de qualquer tamanho”, diz Thaís Faccin, também sócia da Jahe Marketing.
Ela cita como exemplo a Coca-Cola Dreamworld, uma nova linha de sabores lançada pela marca nos Estados Unidos e no Canadá para atrair os jovens da Geração Z, oferecendo uma experiência online exclusiva. As latas do novo sabor do refrigerante trazem um QR code.
Ao acessar o link gerado a partir do código, os consumidores têm acesso a um metaverso, no qual é possível ouvir música com um DJ virtual, se divertir com games online e vestir avatares com roupas inspiradas no visual da campanha.
Mas não é preciso adotar as últimas novidades do mundo digital para oferecer uma experiência de interatividade, ressalta Inatomi. “A interação está em tudo aquilo que permite que o consumidor converse com seu conteúdo ou marca.
Isso pode incluir, um ebook ou artigo com conteúdo interativo [como capítulos específicos para cada tipo de interesse], um quiz divertido que teste os conhecimentos acerca de seu setor ou uma enquete para determinar o nome do mais novo lançamento da marca”, afirma.
De quebra, complementa Faccin, essas interações permitem que a companhia obtenha, com consentimento e em conformidade com a LGDP, os dados de potenciais compradores. Confira as sugestões das sócias da Jahe Marketing sobre como aplicar o marketing interativo nos negócios:
- Procure refletir sobre a abordagem da sua comunicação com seu público. Solucionar uma dor do seu público é sempre crucial — mesmo que essa dor seja a vontade de comer chocolate. Mas muitas vezes há uma chance de começar essa conversa de forma divertida;
- Tenha em mente que a criatividade é mais importante do que o orçamento. Um quiz divertido, por exemplo, requer apenas ferramentas básicas e gratuitas, além de tempo do time de marketing, para se transformar em um grande atrativo;
- Utilize a interatividade também como forma de fidelizar clientes após a venda. Um questionário sobre a satisfação dos consumidores com o produto ou serviço, por exemplo, pode gerar insights importantes e ainda aumentar o diálogo com sua audiência;
- Na hora de desenvolver as ações, é importante saber que não é preciso fazer tudo sozinho. Hoje, é possível terceirizar o marketing da sua companhia, obtendo, de maneira ágil, know-how e entrega de excelência, sem precisar aprender tudo do zero. – Fonte e mais informações: (https://www.jahemarketing.com.br/).