O setor de Recursos Humanos é repleto de estratégias formuladas para manter as empresas competitivas e inovadoras. Uma delas é a gestão de talentos, que valoriza colaboradores e faz com que eles alcancem um alto nível de satisfação profissional dentro das companhias.
Para Rica Mello, gestor de pessoas, palestrante e empreendedor em diversas áreas de atuação, essa tarefa fica mais complexa quando falamos da gestão de estrelas, como o elenco do Flamengo, por exemplo. “Mesmo com os maiores nomes do futebol em solo nacional, o Flamengo performou mal durante todo o primeiro semestre. Isso deixava não só os torcedores impacientes, mas também os jogadores, comissão técnica e dirigentes”, relata.
Nesse caso, quem faz a gestão do time é o treinador e com os péssimos resultados do início do ano, a direção optou por um novo gestor da equipe com a contratação de Dorival Júnior. “É impressionante que, praticamente com o mesmo time, os resultados tenham mudado da água para o vinho. Nos últimos dois meses o Flamengo passou por cima de praticamente todos os adversários de forma avassaladora, mostrando os méritos da nova comissão técnica em administrar um elenco de atletas renomados”, revela Rica.
Para o palestrante, a gestão de astros e estrelas é mais complexa quando comparada a de trabalhadores comuns. “São pessoas que têm seu ego inflado todos os dias. É difícil controlar personalidades tão fortes e contundentes como as dos jogadores de futebol. São milionários, que têm praticamente tudo na vida. Mas esses caras precisam jogar e performar em equipe. E é aí que entra a atuação do gestor que, nesse caso, é o técnico”, pontua. Embora seja um universo distante, é possível ver essa mesma lógica sendo aplicada em empresas.
“É comum ver algumas empresas, ou até mesmo áreas de uma organização funcionando de forma completamente diferente após a mudança do líder. Muitas vezes, alcança-se resultados muito melhores em relação aos que eram alcançados antes. Isso não traz somente uma sensação de alívio apenas para os gestores, mas também para funcionários e colaboradores, que sentem que são parte desses resultados”, declara Rica. O sucesso acontece quando o gestor consegue influenciar seus colaboradores.
E para influenciar pessoas, o líder não precisa de títulos ou cargos, mas sim, se relacionar e se conectar com os seus liderados. O líder precisa diferenciar e lidar com as necessidades e o estilo de vida de cada um dos membros da equipe para gerar essa conexão. Ao vivenciar e se preocupar com as dores, desejos e parcimônias de cada pessoa, o líder se capacita a se conectar com seus liderados, podendo então extrair o melhor de cada peça, o que otimiza a potência e o resultado do seu time.
Um líder aumenta suas chances de se relacionar com seus subordinados, se, antes de tudo, puder se relacionar bem com ele mesmo. Tudo começa com o líder entendendo seus valores, pontos fortes e lacunas que deve melhorar. Essa reflexão, segundo o empresário, permite que o líder adquira equilíbrio em sua forma de trabalhar, e confiança nos resultados do seu próprio trabalho. O poder da auto reflexão pode também amplificar a humildade que um líder deve ter para crescer junto aos liderados, afinal “ninguém nasce pronto”, avalia o empreendedor.
O comportamento do líder é notado pela equipe, e acaba funcionando como uma cola invisível para unir o pool de talentos em prol de um mesmo resultado e ideal. É assim que podemos inspirar, motivar e reter as estrelas das nossas organizações, que apesar de poderem seguir outras carreiras em outras empresas, seguem querendo suar a camisa conosco. – Fonte e outras informações, acesse: (https://ricamello.com.br/).