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Índice da Construção Civil recua em agosto e atinge 0,58%

em Economia
sexta-feira, 09 de setembro de 2022

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) atingiu 0,58% em agosto, um recuo de 0,9 ponto percentual na comparação com o mês anterior, quando ficou em 1,48%. De acordo com o IBGE, este foi o segundo menor índice do ano, acima apenas do de fevereiro. Com isso, o acumulado nos últimos doze meses chegou a 13,61%, um pouco abaixo dos 14,07% registrados nos doze meses imediatamente anteriores. Entre janeiro e agosto, o indicador acumulou 9,74%.

Segundo o gerente do Sinapi, Augusto Oliveira, as desacelerações são notadas nos últimos meses. “Temos observado, nos últimos três meses, desaceleração nas duas parcelas do índice: tanto no lado dos materiais quanto na mão de obra”, disse, acrescentando que esse movimento também foi registrado no índice. O custo nacional da construção, por m² subiu em relação a julho. Em agosto atingiu R$ 1.661,85. Desse valor, R$ 994,67 são relativos aos materiais e R$ 667,18 à mão de obra. “A taxa de agosto representa o terceiro menor índice de 2022”, completou o gerente.

A mão de obra caiu 1,2 ponto percentual na comparação com julho (1,62%) e chegou a 0,42%. “Comparando com agosto do ano anterior (0,08%), houve alta de 0,34 ponto percentual. De janeiro a agosto de 2022, os acumulados fecharam em 9,31% (materiais) e 10,38% (mão de obra). Os acumulados em doze meses ficaram em 14,76% (materiais) e 11,90% (mão de obra)”, apontou o indicador. A Região Norte foi a que registrou a maior variação regional (1,43%) em agosto. O IBGE informou que o movimento foi em consequência dos acordos coletivos firmados em Rondônia e no Amazonas.

A Região Nordeste registrou 0,22%, Sudeste 0,49%, Sul 0,72%, e Centro-Oeste 1,08%. Já os custos regionais, por metro quadrado, ficaram em R$ 1.645,35 na Região Norte; R$ 1.549,97 na Nordeste; R$ 1.732,44 na Sudeste; R$ 1.729,30 na Sul e R$ 1.676,13 na Centro-Oeste. Com a alta na parcela de materiais e com o reajuste das categorias profissionais, Rondônia foi o estado com a maior variação mensal (5,67%). Na sequência ficou o Amazonas (3,19%).

Segundo o IBGE, as estatísticas do Sinapi são fundamentais na programação de investimentos, sobretudo para o setor público. “Os preços e custos auxiliam na elaboração, análise e avaliação de orçamentos, enquanto os índices possibilitam a atualização dos valores das despesas nos contratos e orçamentos” (ABr).