Todo empresário sonha em conquistar cada vez mais clientes e, mais do que isso, fidelizá-los, tornando-se referência no setor em que atua. Por isso, é de conhecimento que fatores como um bom atendimento, rapidez na entrega do produto ou serviço, qualidade e preço são peças-chave na hora da tomada de decisão do consumidor.
Mas existem outras características importantes na hora da avaliação do cliente, ainda que não sejam palpáveis. Ao entrar numa clínica, hotel, academia, restaurante ou qualquer outro tipo de estabelecimento comercial, o desejo é o de se sentir à vontade.
Mas já pensou em utilizar o banheiro desses espaços, por exemplo, e ele não apresentar uma limpeza adequada? Ou ainda ser recebido com rispidez pelo atendente. Pior, presenciar discussão entre os funcionários. Baita constrangimento, não é mesmo? Será que o cliente volta?
Não se engane, o formato digital também requer cuidados. Receber uma encomenda com aspecto de “jogada”, demonstra a falta de zelo. Acredite, para o crescimento e o fortalecimento de uma empresa, de uma marca, os exemplos acima são fundamentais para a compreensão da importância da cultura organizacional como um alicerce.
. Mas o que é cultura organizacional e como ela impacta a vida do empresário, do colaborador e dos clientes? – Em termos gerais, a cultura organizacional é o jeito que a empresa faz as coisas, aquilo que dá identidade ao negócio, marca registrada tanto pelos funcionários quanto pelos clientes que reconhecem a empresa por características próprias.
Segundo o especialista em gestão de negócios e empreendedorismo, Paulo Junior, CEO da PJI Consulting, a cultura organizacional pode ser entendida como a definição dos valores, conceitos, comportamentos e crenças que devem ser vivenciadas e propagadas por todos os membros de uma empresa, principalmente quando se fala em boas práticas.
Como exemplo os cases Mangai e Nau, restaurantes de origem nordestina que conquistaram espaço nas principais regiões do país, apresentando o tempero, a comida e a tradição da Paraíba para o mundo em 15 unidades. Ednaldo Tavares, diretor administrativo do grupo Mangai, conta que os restaurantes têm uma cultura organizacional forte na qualidade do produto e na qualidade dos colaboradores.
“No Mangai buscamos entregar ao cliente a experiência de viver no nordeste. Já o Nau foi construído em uma estrutura mais moderna e intimista. Em ambos, o cheiro, a cor, o sabor e a música são unidas à parte física, transformando os espaços em produto”, explica. Investimentos que também acontecem nos bastidores. “Com a liberação do uso de máscaras, fizemos um novo treinamento corporativo, já com resultados. Faz parte da nossa cultura investir no aprendizado do nosso time.
Recentemente, tivemos dois dias de interação, promovendo a cultura de aprendizado entre nossos líderes, um tempo especial para que todos entendam que um precisa apoiar o outro e que só vamos crescer se cada um da equipe fizer a sua parte. Os resultados do grupo Mangai vêm dessa união consolidada desde o primeiro momento com a nossa mãe, idealizadora do Mangai”, afirma Ednaldo.
. A eficácia da cultura organizacional passa pelo entendimento do assunto por todos os envolvidos – Paulo Junior explica que a cultura organizacional deve ser aplicada desde o pequeno negócio local até as grandes empresas.
“A cultura de uma empresa deve ser reconhecida por todos: proprietários, colaboradores, clientes, fornecedores etc. Artefatos devem ser conscientemente utilizados, os valores e objetivos devem ser transmitidos com clareza pela equipe, e isso acontece quando as pessoas se sentem pertencentes a um projeto. O efeito disso no cliente é direto e satisfatório”, destaca.
A esse respeito, o gestor do Mangai reforça: “Quando você vê uma empresa, você vê pessoas normais de carne e osso. O empresário sozinho não consegue cuidar de tudo. Ele precisa replicar o que está na cabeça dele para outras pessoas. Então, a gente precisa de uma imersão fora da empresa. Todo empreendedor deve investir no treinamento da sua equipe. Mas não adianta você fortalecer a capacitação, se você não tiver líderes engajados. Quem não engaja, não produz”, afirma Ednaldo Tavares.
Segundo Paulo Junior, investir em capacitação e treinamentos empresariais, não apenas melhora os resultados, mas fortalece a história dos negócios. Os benefícios são sentidos de forma imediata, pois muitos dos colaboradores têm uma virada de chave. Eles passam a ser mais seguros, audaciosos a cumprir metas desafiadoras, pois passam a construir suas próprias metas, além daquelas que a empresa onde atuam propõe, aumentando a produtividade com menos desgastes.
Isso significa baixa rotatividade de colaboradores, maior satisfação pessoal do colaborador, melhor reputação e experiência do cliente com a marca, consequentemente, crescimento financeiro com propósito.
O especialista em gestão empresarial destaca também que para iniciar uma transformação na cultura organizacional de uma empresa é necessário entender suas crenças, além dos valores e princípios que norteiam o negócio, e claro traçar objetivos que protejam a empresa a patamares mais satisfatórios. – Fonte e outras informações: (https://pji.com.br/).