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Intenção de consumo atingiu maior nível desde o início da pandemia

em Economia
sexta-feira, 19 de agosto de 2022

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) alcançou 82,1 pontos em agosto, o maior nível desde abril de 2020 (95,6 pontos), no início da pandemia, e acima dos resultados do mesmo mês nos dois anos anteriores. O indicador, apurado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), avançou 1,1%, mantendo a tendência de alta iniciada em janeiro deste ano.

O ICF mede, em uma escala de 0 a 200, a satisfação dos consumidores em relação ao cenário de consumo. Resultados abaixo de 100 sugerem insatisfação, enquanto os acima desse valor apontam satisfação. Compõem o indicador os Índices de Emprego Atual, Perspectiva Profissional, Renda Atual, Acesso ao Crédito, Nível de Consumo Atual, Perspectiva de Consumo e de Momento para Compra de Bens Duráveis, como eletrodomésticos, por exemplo.

O resultado para o mês de agosto foi fortemente baseado no consumo das famílias com rendimentos acima de dez salários mínimos. Para esse grupo, a intenção de compras subiu 3,3%; para o grupo de menor renda, o ICF apresentou variação de 0,4%, o que indica estabilidade. O indicador Nível de Consumo Atual, com crescimento de 2,8%, o maior dos últimos seis meses, é medido a partir das respostas dos entrevistados a respeito do quanto as famílias estão comprando em relação ao ano passado.

“Importante destacar que esse item foi o que obteve o maior crescimento em ambos os grupos de renda”, afirma o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
Nesse quesito, as famílias consideradas mais ricas apresentaram avanço quase três pontos percentuais acima do crescimento apresentado pelas de menor rendimento. “O melhor desempenho do índice para esses consumidores pode ser atribuído à maior disponibilidade de renda e ao menor peso dos juros altos no endividamento”, analisa Tadros (Gecom/CNC) (ABr).