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As newsletters estão em alta: como incluí-las na estratégia de marketing

em Destaques
quarta-feira, 27 de julho de 2022

Um artigo publicado no portal científico Frontiers aponta que, em média, uma pessoa processa o equivalente a 74 gigabytes de informação por dia. Para se ter uma ideia, é o espaço necessário em um computador para assistir a 16 filmes. O tipo de informação que chega até nós por meio de TVs, computadores, smartphones, tablets e meios offline, como jornais, revistas e livros.

O material, publicado em 2017, mostra que, há 500 anos, essa mesma quantidade de dados era acumulada por uma pessoa com educação superior ao longo de toda a vida. “O resumo é: estamos imersos em informação, mas nem sempre conseguimos obter o melhor dela. E esse excesso pode causar desde um sentimento de desespero no ambiente profissional – no melhor estilo “não sei por onde começar!”

“Até o chamado FOMO na vida pessoal (em bom português, o medo de ficar de fora)”, afirma Thaís Faccin, sócia da Jahe Marketing. Nesse contexto, iniciativas que ajudem os consumidores a curarem o conteúdo têm ganhado destaque nas estratégias de marketing de companhias de todos os setores.

“Elas são maneiras de não apenas chamar a atenção do público para a marca, mas também para o que importa a essa audiência. Os assuntos mais relevantes, que eles não podem deixar de ver”, diz Satye Inatomi, também sócia da Jahe Marketing.
Um dos jeitos mais simples de fazer isso, de acordo com elas, é a produção de newsletters.

Embora não sejam algo novo, elas ganharam um novo fôlego nos últimos tempos, justamente pela enorme necessidade de curar informações. “Hoje, é possível se inscrever para receber newsletter sobre basicamente qualquer assunto, produzida por empresas ou criadores de conteúdo. E é uma ótima ideia ter alguém que faz isso por você, não é? Um conteúdo focado e bem escolhido, e assinado por alguém ou uma empresa que você confia”, afirma Faccin.

Ela conta que um dos principais responsáveis por esse movimento é o Substack, plataforma de criação e gerenciamento de newsletters criada em 2017, e que deu uma cara moderna ao formato, principalmente por incentivar a criação de produtos atraentes para públicos cada vez mais nichados. O acesso para os criadores é grátis e, caso desejem, eles ainda podem cobrar uma assinatura dos leitores, valor sobre o qual a plataforma cobra 10%.

Zero custo para os criadores, e um valor mensal acessível para os leitores, como por exemplo, R$ 10. “Está cada vez mais claro que, hoje, conquistar e fidelizar clientes envolve muito mais do que oferecer um produto ou serviço de qualidade. A experiência do consumidor passa por toda a interação que ele tem com o seu negócio – e quanto mais ele se sentir olhado e atendido, maiores as chances de se lembrar de você no futuro”, diz Inatomi.

Além disso, as newsletters também podem incluir um espaço para falar sobre ofertas, ou incluir um conteúdo bem produzido e interessante sobre o meio de atuação ou produto/serviço da companhia. As especialistas reúnem dicas para conquistar a audiência. Confira:

  • 1. Escolha um tema para cada edição – Não há regras sobre o que falar ou não na sua newsletter. Aliás, se você estiver focado tão somente em apresentar ofertas da sua marca, talvez você perca a audiência que está interessada em se informar ou se divertir. Não esqueça da criatividade na hora de bolar as chamadas: o que faria com que você mesmo clicasse para abrir esse e-mail?
  • 2. Defina uma periodicidade, e a mantenha – Uma boa parte das newsletters adota edições semanais, como uma revista de variedades. Principalmente se a sua marca for nova no mercado, ou estiver ainda começando com o modelo de newsletters, evite o espaçamento muito grande. Procure, além de qualidade, manter-se fresco na mente do seu público.
  • 3. Não se preocupe em oferecer muito conteúdo de uma vez só – Dê preferência a um material de qualidade, com uma apresentação visual arejada, e por tópicos. Digamos que a sua ideia seja listar os melhores vídeos tutoriais de maquiagem no YouTube, pois você vende esse tipo de produto. Uma boa lista, ainda que curta, vai ser muito mais útil para seus leitores.
  • 4. Teste bastante – A primeira versão da sua newsletter não será a versão definitiva. Por isso, vale a pena basear-se não somente na intuição e no trabalho em conjunto da sua equipe, mas também nos dados que você já possui sobre sua audiência.
  • Sejam eles provenientes do trabalho nas redes sociais, ou de uma plataforma CRM, afinar o texto ao gosto do freguês pode gerar maior engajamento. Nesse momento, ferramentas como o Google Analytics também podem ajudar, mostrando palavras-chaves que fazem sentido para o seu negócio, ou termos populares na barra de pesquisa.
  • 5. Utilize algumas métricas para avaliar os assuntos abordados – Você já trabalha com uma plataforma de e-mail marketing? É possível descobrir a taxa de abertura da sua newsletter, taxa de cliques, e outros números que podem ajudar seu time de criação.
  • 6. Facilite a vida do leitor, mesmo que ele queira dar tchau – Ninguém gosta de perder assinantes, mas isso certamente irá acontecer em algum ponto. Para os insatisfeitos, é importante possuir um link fácil de ser encontrado, para se descadastrar. Até a próxima!
  • 7. Comece pequeno – Mantenha em mente: o bom resultado, aquele orgânico – baseado em pessoas reais que de fato gostam da sua marca e do seu conteúdo, virá. Mas ele é mais lento do que o retorno gerado pelas redes sociais, pelo menos em um primeiro momento. Por isso, alinhe as expectativas, este é um trabalho de grão em grão. Fonte e mais informações: (https://www.jahemarketing.com.br/).