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Especialista destaca dicas para quem quer começar uma startup

em Destaques
terça-feira, 31 de maio de 2022

A jornada dos empreendedores não é tarefa fácil. Administrar a alta competitividade por novos clientes, as expectativas de crescimento acelerado, a estabilidade no mercado e ainda se destacar frente aos fundos de investimento é um grande desafio, principalmente para as startups — que são em sua essência, empresas que nascem em torno de uma ideia diferente, escalável e em condições de extrema incerteza.

Começar um novo negócio é bastante desafiador, muitas ideias nem sequer saem do papel. Michael Citadin, cofundador e CPO da Unicorn Factory, venture builder que ajuda startups a serem bem-sucedidas por meio de soluções inovadoras, conhecimento e uma rede efetiva (smart) de acreditadores, mentores e investidores, aponta que muitas empresas não conseguem evoluir por problemas relacionados ao “isolamento do CEO”.

“Em outras palavras, é quando o empreendedor precisa de ajuda para superar dilemas e problemas complexos, mas se vê sozinho para resolvê-los. Sabemos que esse é um tema delicado, mas ter escuta ativa e aceitar ajuda são características que fazem as startups superarem desafios mais complexos”, diz o especialista.

Antes da empresa ser formalmente estabelecida, o processo é longo. Michael destaca que empresários devem saber que, desde a ideia até a formalização, muitas decisões e procedimentos importantes precisam ser feitos.

Com base em sua experiência de 20 anos no mercado e passagem por startups e empresas multinacionais, como Grupo Marista, Moip e Wirecard, fintech com atuação global, Michael Citadin aponta dicas para quem quer começar sua própria startup.

  1. Identificar o timing de mercado – Além de absorver conselhos e feedbacks dos parceiros de negócios, é essencial que o empreendedor avalie se aquele é o melhor momento para colocar sua ideia em prática. Verificar o timing de mercado, produto ou ideia, são desafios que muitas startups não conseguem superar, portanto, após encontrar uma excelente ideia é primordial entender se o mercado precisa da solução.

Criar um modelo de negócio que seja sustentável no longo prazo e desenhar a experiência do cliente de forma que consiga escalar o negócio e ganhar valuation ao longo do tempo. “Startups precisam solucionar problemas reais, inclusive criar soluções para problemas ainda não observados”, aponta.

  1. Avaliar o contexto macroeconômico – Outras variáveis podem ser determinantes para o futuro de uma nova startup. Michael explica que a análise precisa ser feita para preparar o negócio a superar desafios que possam surgir frente aos cenários observados. É importante analisar os gaps de produtos e serviços e quais são as propostas de valor dos seus concorrentes, e é de suma importância entender se há espaço para navegar.
  2. Planejamento financeiro – No que se refere às finanças, o especialista destaca como é essencial a elaboração do plano de negócio antes de iniciar a operação e considerar todas as despesas como custos com abertura de CNPJ, criação de site, desenvolvimento do produto até o pagamento de profissionais.

Existe um dilema que identificamos com frequência nas startups, em especial, no início da operação quando por vezes não há condições de remunerar os profissionais adequadamente. Trata-se da distribuição de equity da empresa como forma de compensar essa defasagem.

Essa estratégia pode resolver um problema atual, porém pode se tornar um problema ao cap table se for mal implementada, inclusive reduzindo o valuation em rodadas de captação de recurso.

  1. Cultura organizacional e pessoas – Entre as mais variadas características das startups existe um fator que as tornam únicas: as pessoas, explica Michael. O especialista destaca que é por meio do time envolvido com o projeto que é possível construir uma cultura organizacional e gerar valor ao cliente final. É sempre importante saber com quem vamos trabalhar. Definir o perfil dos profissionais de cada empresa é fundamental para conseguir capacidade de execução e entrega dos resultados.
  2. E agora? O mercado está receptivo a novas startups? – De acordo com Citadin, estamos em um excelente momento no ecossistema de startups. Investimento em startups brasileiras ultrapassaram os R$ 50 bilhões em 2021, segundo dados do hub de inovação Distrito. No entanto, o que se observa é que neste ano os investidores estão mais criteriosos com a escolha dos empreendimentos.

Mais do que nunca é preciso ter gestão bem feita, como estratégia Go-to-Market bem definida, estrutura de pessoas e cultura em linha com o propósito organizacional, plano financeiro realista e que evite aquisição de cliente a qualquer custo, são alguns dos pontos importantes que toda startup precisa ter. – Fonte e mais informações: (www.unicornfactory.com.br).