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Oscilação no mercado de criptomoedas: há motivos para pânico?

em Mercado
terça-feira, 31 de maio de 2022

Gustavo Frachia (*)

O noticiário econômico das últimas semanas preocupou muitos investidores do mercado de ativos digitais.

Somente entre os dias 5 e 12 de maio, o valor de mercado das criptomoedas despencou 36% e, no auge da correção, o Bitcoin atingiu o assustador patamar dos 25.500 dólares — menor nível registrado em 17 meses. Outras criptomoedas também desabaram, com quedas que chegaram a até 62% em um curto espaço de tempo.

No entanto, absorvida a forte oscilação, é vital que os investidores avaliem com cautela este ambiente, que ganha cada vez mais adeptos no Brasil e no mundo e se consolida como um grande pilar do mercado financeiro nos cenários interno e externo. Pesquisa recente da Capco, consultoria global de gestão e tecnologia dedicada ao setor de serviços financeiros do Grupo Wipro, revela que a capitalização do mercado de criptomoedas deve chegar a US$ 24 trilhões até 2027.

O estudo corrobora a visão de muitos analistas que reforçam a confiança e a importância deste segmento para a economia. Assim como em muitos nichos da economia, há players e ofertas variadas. Cada projeto está ancorado em pilares específicos. Mas, quando essas fortalezas não são consistentes e sustentáveis, passada a euforia do mercado, as chances de insucesso — e oscilações — tendem a aumentar. Afinal, projetos vazios não se sustentam.

Hoje, neste mercado de ativos digitais, há projetos que estão ancorados em pilares sustentáveis e permitem ao investidor, por exemplo, não depender unicamente de especulação de mercado para ver seu ativo se valorizar.

Antes de entrar ou aumentar sua participação nesta seara, é vital que os investidores avaliem três pilares fundamentais: o primeiro é verificar se há integração de canais digitais e físicos para esse investimento, ou seja, se este ativo está unicamente no ambiente online e, caso esteja, se há atrativos suficientes para que ele se mantenha em uma trajetória de valorização no curto, médio e longo prazo.

Muitos investidores, hoje em dia, optam por investir em ativos digitais que tenham sinergias com outras frentes, e estejam interligadas aos consumidores em geral.
Após essa etapa, o segundo passo é verificar a transparência desse ativo, principalmente dos idealizadores dos projetos. Fuja do anonimato. E, por fim, ter a consciência que cada ativo possui suas particularidades e devem ser avaliados unicamente – idêntico ao mercado de ações.

Hoje, há no mercado uma gama variada de oferta, inclusive opções que estão interligada com programas de fidelidade, banco digital e Exchange. Quanto mais fundeado em outras frentes, menos risco e mais segurança ao investidor.

(*) – Formado em Matemática e em Psicologia, com Mestrado em Estatística, pela USP, é sócio da Fidelis Club, plataforma para programas de fidelidade e recompensas (https://fidelis.club/).