Thiago Leão (*)
Lidar com um alto volume de tarefas diariamente é uma realidade comum para inúmeras empresas e já virou rotina para diversas funções.
Iniciar um projeto e alcançar um alto nível de maturidade do negócio é uma atividade complexa, que precisa de um planejamento prévio para obter sucesso. Não basta apenas implementar um ERP, por exemplo, é preciso saber o que fazer com todos as informações coletadas pela empresa e utilizá-las de forma estratégica.
E, neste contexto, algumas ações ultrapassadas precisam ser deixadas de lado, para que a maturidade da gestão se consolide e passe a apoiar a empresa como um todo.
No setor industrial, o cenário não é diferente.
A transformação na cultura de tomada de decisões precisa acontecer, retirando o “achismo” como fator principal para a realização de análises e utilizando as ferramentas disponíveis no mercado, a exemplo de ERPs, ou Sistemas de Gestão Empresarial, como base para a fundamentação das decisões. As tecnologias, sozinhas, não produzem os efeitos esperados e, por isso, é importante que aconteça uma mudança na mentalidade empresarial das indústrias como um todo.
Logo, se uma empresa do ramo industrial precisa tratar projetos na área de tecnologia, para que se obtenha eficácia nesse processo, será necessário contar com fornecedores verdadeiramente especializados. Hoje, é possível ver que cada vez mais empresas com know-how nessa área se unem para que todo o potencial seja entregue nos projetos, possibilitando resultados verdadeiramente certeiros e produtivos para os clientes.
Na prática, ao contratar um serviço prestado por determinado fornecedor, cabe a ele direcionar os melhores especialistas para cuidarem do projeto e darem conta de entregar todo o potencial à indústria. E até mesmo por esse motivo notamos um crescimento na busca por soluções que são especializadas e com ampla abertura para união com empresas de segmentos complementares.
Por exemplo: uma desenvolvedora de tecnologia para a área industrial se une à uma especialista na área de e-commerce para ofertar o melhor serviço de operações deste segmento aos seus clientes e, com isso, a indústria passa a consumir a melhor solução do mercado tanto para seu departamento de vendas quanto para sua gestão industrial como um todo.
Vale sinalizar que este é um movimento natural do mercado, em que empresas se unem em parcerias estratégicas para levar o potencial mais alto da tecnologia em suas propostas conjuntas. Neste movimento de mercado que comentei acima, fica claro que é essencial que as empresas entendam quais são suas especialidades e como cada uma delas consegue contribuir com os projetos em cada cliente.
Conhecer os negócios de uma pequena indústria, por exemplo, requer pontos de atenção relacionados a este porte empresarial em específico, que se difere por completo da gestão de uma grande indústria e precisa ser tratada de acordo com suas particularidades. Portanto, conversar com as áreas de negócios e entender onde exatamente existem as oportunidades para o projeto são etapas importantes.
Um parceiro pode contribuir em determinada área, enquanto o outro resolve dores relacionadas à sua expertise, possibilitando, assim, que os processos possam fluir da melhor forma possível, além de entregar o que o cliente realmente busca. É dessa forma que o mercado caminha e fornecedores do ramo industrial que não reconhecerem a importância desse tipo de ação certamente ficarão para trás.
Ou seja, as parcerias vão muito além de apenas uma colaboração pontual e se mostram um diferencial atualmente. Fornecedores que se juntam, cada um dentro de sua especialidade, entregam projetos muito mais estruturados e completos!
(*) – Engenheiro Mecânico pela UERJ, é Diretor Comercial da Nomus, empresa especializada no desenvolvimento de sistemas para gestão de indústrias.