Nos últimos dois anos milhares de pessoas foram forçadas a se adaptar às novas condições impostas pela pandemia. Essa também foi uma realidade observada no âmbito dos negócios. Diante do cenário de isolamento social, empreendedores tiveram que fechar suas lojas.
O estudo “Pesquisa Pulsa Empresa: Impacto da Covid-19 nas Empresa”, realizada pelo IBGE, aponta que mais de 716 mil companhias fecharam as portas desde o início da pandemia. Contudo, outro caminho seguido por aqueles que conseguiram manter seus negócios em operação foi a migração para o on-line.
Segundo o relatório Recovery Insights: Small Business Reset, lançado pela Mastercard em outubro do ano passado, o número de empresas que passaram de loja física para virtual cresceu 208% em 2020, quando comparado ao ano anterior.
Essa migração também foi percebida pelo Bling, sistema de gestão online do grupo Locaweb, que agiliza e descomplica a gestão de micro, pequenas e médias empresas.
Para Marcelo Navarini, COO do Bling , o aumento do e-commerce e marketplace, bem como o avanço da migração das lojas físicas para o on-line, já era uma tendência antes mesmo da pandemia, mas que certamente foi impulsionada pelas medidas de distanciamento social. Desta forma, os empreendedores que quisessem manter suas vendas precisavam de outra maneira de atender seus clientes, que não a presencial.
“Já é sabido que a sociedade está cada vez mais conectada e que busca, muitas vezes no on-line, formas de otimizar tempo e economizar dinheiro. Os empreendedores que ainda eram resistentes a esse movimento não tiveram outra escolha com o início da pandemia. A meu ver, foi um momento decisivo e que fez com muitos percebessem a importância de estar presente no digital”, aponta.
Para o executivo, a tendência é que nos próximos anos as lojas virtuais se aperfeiçoem e se estabeleçam ainda mais no mercado. Marcelo pontua, por exemplo, que algumas companhias que atuam nas duas frentes — tanto física como virtual — já registram mais movimentação nas vendas on-line, quando comparadas às transações presenciais.
“Creio que a curva de crescimento observada nas vendas a distância está bastante relacionada ao aumento da confiabilidade dos consumidores. Até pouco tempo, era comum encontrar um número grande de clientes receosos em realizar compras em e-commerces ou marketplaces. Hoje, por mais que ainda haja quem prefira uma visita ao estabelecimento, observamos maior aceitação do que está exposto nas telas dos dispositivos”.
Além disso, o executivo aponta diversos outros fatores que contribuem para uma perspectiva positiva em relação ao empreendedorismo digital para os próximos anos, já que atualmente há inúmeras ferramentas de gestão e uma variedade de opções para começar um negócio on-line, como o social commerce e canais de venda, como AliExpress e Shopee, sem contar o surgimento de cursos e lives sobre empreendedorismo digital.
O executivo esclarece, ainda, que não acha que as lojas físicas vão deixar de existir. No entanto, fica cada vez mais claro que a ausência da presença on-line pode ser um complicador para o crescimento de um negócio. “O avanço da tecnologia e a mudança nos hábitos dos consumidores devem fazer com que o comércio híbrido e lojas 100% digitais cresçam ainda mais nos próximos anos”, finaliza. – Fonte e outras informações: (https://www.bling.com.br/).