O uso de celulares em momentos inadequados pode levar a situações que podem ser consideradas hilariantes.
Vivaldo José Breternitz (*)
A BBC informa que a polícia de Los Angeles demitiu dois de seus membros, Louis Lozano e Eric Mitchell, por terem deixado de atender a uma ocorrência de roubo para jogar Pokemon Go.
Os policiais, ao invés de procurarem capturar os assaltantes, procuravam capturar um Snorlax e um Togetic, personagens do jogo, o que tentaram durante vinte minutos após receberem ordens da central de polícia para darem apoio a colegas que enfrentavam ladrões que atacaram uma loja Macy’s no Crenshaw Mall.
Lozano e Mitchell negaram estar jogando Pokémon Go e insistiram que estavam apenas “conversando” sobre o jogo, mas imagens capturadas pela câmera de sua viatura revelaram que o pedido de apoio foi recebido e discutido e que os policiais optaram por ignorá-lo. Ambos foram demitidos, mas recorreram, alegando que o uso das imagens violava seus direitos à privacidade, o que a justiça não levou em conta, confirmando agora a demissão.
Às vezes, fatos similares levam a situações mais graves: recentemente vimos uma pessoa idosa que caminhava pela rua olhando para a tela de seu celular tropeçar e cair, sofrendo escoriações generalizadas. Há algum tempo, o veículo de um amigo, que dirigia usando seu celular, saiu da estrada e caiu em uma ribanceira, matando-o.
Tudo isso mostra como jogos que viciam e talvez o metaverso, que dizem estar chegando, podem ser perigosos, pois pode ser tentador fugir da vida real quando o mundo virtual acena.
(*) É Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é consultor de empresas.