A Rua 25 de Março no centro de São Paulo é um dos principais pontos de comércio popular do país. Muita gente vai até o local para garantir os presentes de Natal. O copeiro Francisco de Assis Lima comprou brinquedos para os oito netos: “Boneca, carrinho, tem um boneco de personagem. Tem que dar um jeito pra agradar a criançada, né?”
De acordo com uma pesquisa da Associação Comercial de São Paulo, feita em todo o país, as vendas de Natal devem crescer 10% este ano em relação ao mesmo período do ano passado. 41% dos brasileiros devem ir às compras, mas outros 41% dizem que não vão gastar nada e 17% ainda estão indecisos. A 25 de Março funciona como um termômetro da economia. Muitos lojistas vão buscar produtos para reabastecer os estoques das lojas.
A vendedora Maria dos Santos Amaral comprou produtos para costurar e vender. Para ela o ritmo ainda não está como antes. Mesmo assim,de acordo com a Confederação Nacional do Comércio este Natal deve movimentar cerca de R$ 60 sessenta bilhões em vendas. São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul concentram mais da metade de toda a movimentação. O supermercados e o setores de vestuário e calçados se destacam juntos, claro, com os brinquedos.
O estoquista Daniel Manaresi, comprou os presentes para os filhos gêmeos, que estão fazendo aniversário: “Tô levando dois carrinho pra eles e algumas coisas que a gente precisa pra casa. Semana que vem eu volto pro Natal”. Para a Confederação dos Lojistas, 124 milhões de pessoas devem ir às compras. A principal justificativa de quem não vai comprar é a falta de dinheiro (Abr).
