O Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 0,3 ponto de setembro para outubro. Com o resultado, o indicador passou para 96,1 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos, e interrompeu cinco meses consecutivos de alta. A queda do indicador foi puxada pela piora no Índice da Situação Atual, que mede a confiança do empresário brasileiro da construção no presente. O subíndice caiu 0,7 ponto e chegou a 92 pontos, principalmente devido à avaliação sobre a situação atual dos negócios.
O Índice de Expectativas, que mede a confiança no futuro, variou 0,1 ponto e atingiu 100,3 pontos, mostrando acomodação, segundo a FGV. O Nível de Utilização da Capacidade da Construção aumentou 0,6 ponto percentual, para 75,6%. Segundo a FGV, desde o segundo semestre do ano passado, o custo dos materiais ganhou destaque entre os fatores limitativos para a melhora dos negócios das empresas. A escassez de mão de obra qualificada, no entanto, também começa a ganhar destaque como um limitador.
O Índice Nacional de Custo da Construção–M (INCC-M) registrou inflação de 0,80% em outubro. A taxa é superior ao 0,56% do mês anterior, mas inferior ao 1,69% de outubro do ano passado. Com o resultado, o indicador acumula taxas de inflação de 12,88% no ano e de 15,35% em 12 meses, de acordo com a FGV.
A alta da taxa, de setembro para outubro, foi puxada pelos materiais e equipamentos, cuja inflação subiu de 0,89% para 1,68% no período. Entre os itens com maiores altas de preços estão os materiais metálicos, cuja taxa subiu de 0,37% em setembro para 4,36% em outubro. Por outro lado, os serviços tiveram queda na taxa de inflação, de 0,56% em setembro para 0,36% em outubro. A mão de obra também teve recuo na taxa, ao passar de 0,27% para 0,10% no período (ABr).