A pesquisa divulgada ontem (19) pelo IBGE, mostrou que 83,3% dos brasileiros viviam em famílias onde um ou mais membros tinham acesso a pelo menos um dos serviços financeiros considerados no estudo: 66,2% tinham acesso a conta-corrente, 49,9% a cartão de crédito, 55,9% a caderneta de poupança, e 19,5% a cheque especial. Já 16,7% viviam em famílias que não declararam acesso a esses serviços.
Os valores indicam que mais de quatro quintos da população tiveram acesso a serviços financeiros no país no período pesquisado.
A Região Sudeste apresentou a maior proporção de pessoas com disponibilidade de acesso a pelo menos um dos serviços financeiros (37,1%). Dos 83,3%, 73,5% se encontravam na área urbana e 9,8% na área rural. Tomando por base a pessoa de referência na família, 43,8% tinham entre 25 e 49 anos de idade e 24,4% entre 50 e 64 anos; 36,6% eram brancos e 45,5% pretos e pardos; 50,5% eram homens e 32,8%, mulheres.
Considerando ainda a proporção de pessoas com disponibilidade de acesso a pelo menos um dos serviços financeiros disponíveis, a pesquisa mostrou que 21,6% eram empregados com carteira, 17,6% trabalhavam por conta própria e 22,1% estavam fora do mercado de trabalho. As famílias eram compostas, em sua maioria, por mais de um adulto com pelo menos uma criança (37,1%), mais de um adulto sem criança (24,3%) e por um ou mais idosos com ao menos um adulto com ou sem criança (14,4%).
No que se refere a bens duráveis, 40,3 milhões (19,5%) de pessoas viviam no Brasil em domicílios dotados de todos os equipamentos que compõem os grupos de cozinha e lavanderia, mobiliário, TV e informática e som e mídias. Os grupos em que menos pessoas tiveram acesso a bens duráveis foram cozinha e lavanderia (45,3%) e TV e informática (41,9%).
Mais da metade das pessoas (52,2%) residentes no Brasil viviam em domicílios sem automóvel, 37,5% residiam em domicílios em que havia algum morador dono de um automóvel e apenas 10,3% moravam em domicílios com dois ou mais automóveis disponíveis. Em relação à motocicleta, a grande maioria das pessoas (75%) morava em residências sem nenhum veículo desse tipo (ABr).