A alta no custo das obras não tem diminuído, e isso acontece, principalmente, pelo aumento registrado nos preços de alguns insumos. De acordo com o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), divulgado no último dia 9, pela FGV, somente no mês de maio, o aumento nos preços alcançou a margem de 2,22%. De junho de 2020 a maio de 2021, o acréscimo foi de 15,26%, sendo a maior elevação registrada para um período de 12 meses.
Já nos primeiros cinco meses deste ano, o índice acumulou 7,41% e foi considerado o maior número desde 2003. Em relação ao custo com a mão de obra, o índice apontou uma alta de 1,92% em função de aumentos verificados nas cidades de Salvador, São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro. Essa variação acumulada de janeiro a maio de 2021 foi de 2,76% e, em 12 meses, alcançou o patamar de 4,91%.
Por conta das altas nos preços e com a crise financeira que ocorre no país, muitas pessoas estão buscando formas de reduzir custos com suas obras, optando por projetos arquitetônicos que sejam mais acessíveis, mas que não percam a qualidade no resultado final. Para o arquiteto Márcio Barreto, especialista em arquitetura acessível, o primeiro passo para ter um projeto com um preço justo, é buscar opções e soluções que saiam do senso comum e do modismo.
Muito mais do que reproduzir ambientes e materiais luxuosos através de móveis e acabamentos mais baratos e de baixa qualidade, Barreto explica que arquitetura acessível tem o seu estilo próprio. “Arquitetura acessível tem um pouco do minimalismo, onde menos é mais, mas não deixa de lado o uso de cores, trazendo personalidade ao espaço. Neste estilo de arquitetura, inclui-se o uso de itens já existentes pelos moradores, mantendo a memória afetiva e o sentimento de pertencimento ao espaço”, complementa.
Considerada como uma alternativa na redução de custos de forma criativa, Barreto destaca que podem recorrer a este tipo de arquitetura todos aqueles que querem montar um ambiente com orçamento determinado e que estejam abertos a conhecer novas soluções funcionais e estéticas. “Existem soluções que são capazes de reduzir em até 25% o valor de investimento, se comparado às soluções convencionais, como exemplo: revestir com cerâmica apenas as paredes internas do box de um banheiro, e fazer pintura na parte externa ao box, trará uma ótima economia no final”, destaca.
Márcio salienta que optar por soluções e produtos mais acessíveis não são sinônimo de falta de qualidade. Para isso, o arquiteto lista os exemplos práticos que podem gerar controle financeiro. “Optar por um piso vinílico, ao invés de usar um porcelanato, é uma ótima maneira de reduzir custos. A execução do serviço tem um custo inferior, pois não é necessário retirar o piso existente para assentamento do novo”.
Essa solução faz diminuir o custo com descarte, argamassa e tempo de obra. Outra ótima opção é executar um painel ripado em gesso ao invés de marcenaria, modernizando e conferindo destaque a uma parede do ambiente. – Fonte e outras informações: (www.arquiteturadobarreto.com).