De acordo com novo estudo da Accenture, as empresas que investiram pesado em tecnologia durante a pandemia conseguiram aumentar a vantagem de crescimento em relação aos seus principais concorrentes. O levantamento destaca o papel fundamental da tecnologia no sucesso dos negócios, o que permite a sobrevivência e o crescimento das empresas em um dos momentos mais turbulentos da história.
O estudo “Make the Leap , Take the Lead” mostra que as empresas que aumentaram investimentos em tecnologia – como nuvem e inteligência artificial (IA) – tiveram aumento de receita cinco vezes mais rápido do que as concorrentes e significativamente maior do que o crescimento registrado por elas mesmas alguns anos atrás.
Por outro lado, muitas empresas fizeram seus primeiros investimentos em novas tecnologias há pouco tempo a fim de garantir a manutenção dos negócios durante este período. A demora na decisão custou caro e obriga essas empresas, agora, a correr atrás do prejuízo.
Uma nova categoria de empresas surgiu: os Leapfroggers – que representam 18% da amostra total – são aquelas empresas que reduziram o cronograma da transformação digital por meio de estratégias tecnológicas agressivas e progressivas, convertendo os desafios do ano passado em oportunidades e vantagens competitivas. O grupo se destaca pela capacidade de encontrar rapidamente o equilíbrio entre a força dos sistemas e o aumento da inovação.
“Nosso estudo avaliou as empresas de acordo com o conceito de Systems Strength, que mede o nível de adoção tecnológica, a aplicação de tecnologias em larga escala e a prontidão organizacional e cultural para inovação habilitada por tecnologia. Empresas com pontuação alta nesse quesito tiveram crescimento bem acima das demais”, afirma Ramnath Venkataraman, líder global de Serviços Globais Integrados da Accenture Technology.
“Enquanto isso, os Leapfroggers também demonstram tremendo progresso por meio da manutenção dos quesitos de Systems Strength e levam a inovação para todas as áreas da empresa. No momento, o faturamento dos Leapfroggers vem crescendo quatro vezes mais rápido do que o das demais empresas”. O estudo ouviu 4.300 profissionais e classificou as empresas como Líderes (10% principais da amostra total), Leapfroggers (18% da amostra) e Retardatários (últimos 25%) e analisou o desempenho financeiro de cada grupo.
“Este estudo mostra que as empresas líderes adotam tecnologias inovadoras mais cedo e realizam investimentos mais frequentes do que seus pares”, explica Annette Rippert, líder de Strategy & Consulting na Accenture.
“Elas se concentram não apenas na implantação de novas tecnologias, mas nas etapas críticas necessárias para garantir o escalonamento bem-sucedido em toda a empresa, incluindo formas mais ágeis de trabalho, mudanças que reforçam a cultura liderada pela inovação e investimentos no aprimoramento da força de trabalho. Cada uma dessas ações resulta na criação de um novo valor sustentável para os stakeholders”, completa a executiva.
O estudo mostra que as estratégias de tecnologia em evolução garantem sucesso ainda maior quando as empresas dominam esses três imperativos:
• Transição para a nuvem a fim de melhorar o quesito Systems Strength, limitando a quantidade de tecnologias redundantes e de dados desconexos em TI e ganhando capacidade de processamento e flexibilidade. Um exemplo é que 80% dos Leapfroggers adotou algum tipo de tecnologia na nuvem ainda em 2017. Em 2020, o número chegou a 98%.
• Reestruturação focada em uma estratégia que priorize a inovação tecnológica. Os Leapfroggers se destacam pela mudança de mentalidade e capacidade de enxergar potenciais desacelerações como oportunidades de inovação usando tecnologias cada vez mais recentes. Para essas empresas, o escalonamento das inovações foi prioridade absoluta durante a pandemia e 67% buscaram aumentar agressivamente a receita de linhas de negócios não essenciais.
• Alcance por meio da expansão do acesso à tecnologia em funções internas de negócio e da adoção de uma agenda mais ampla de valores, incluindo abordagens personalizadas para a requalificação, bem-estar e saúde mental dos funcionários. Entre as empresas Líderes, 65% priorizam a felicidade dos funcionários e oferecem arranjos de trabalho flexíveis com ajuda da tecnologia, contra apenas 43% das empresas Retardatárias.
Mais de 70% das empresas Líderes aumentaram os investimentos em segurança na nuvem e 68% apostaram na nuvem híbrida. Os Líderes também se aprofundaram em tecnologias como IoT (70%), IA e machine learning (59%). A construção de uma plataforma na nuvem proporciona economia de custos, ajudando a redirecionar os orçamentos das áreas de TI de manutenção para inovação.
Ambos fornecem uma base sólida para o alinhamento de estratégias de tecnologia com objetivos de negócios que geram valor 360 graus para diversos stakeholders da empresa. Os Leapfroggers conseguiram colocar suas estratégias e prioridades tecnológicas em um cronograma reduzido, usando a crise para aumentar em 17% o uso de tecnologias avançadas e emergentes e implantá-las em todas as áreas do negócio.
Além disso, os Leapfroggers promoveram mudanças organizacionais estratégicas, tirando o máximo proveito dessas tecnologias e realizando suas jornadas de transformação digital em meses ao invés de anos. – Fonte e mais informações: (www.accenture.com).