Pensando na realidade deste ano, os juros baixos têm deixado claro que a renda fixa é o lugar para objetivos mais conservadores, destinada à formação da reserva de emergência. O ano não permite projetar ganhos expressivos com essa abordagem.
A taxa Selic, que funciona como um importante termômetro do mercado de valores de renda fixa, está em 2,75%. No entanto, a segurança desse tipo de investimento, com algumas modalidades protegidas pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), é um atrativo para planejar passos mais arriscados.
A posta em ativos de renda variável tende a ser uma solução na busca por maiores rentabilidades. Investidores com perfis menos conservadores podem se beneficiar de rendimentos mais atrativos, desde que possuam uma segurança financeira que permita jogadas mais arriscadas. Quem aplica precisa ter atenção a alguns pontos para se planejar adequadamente.
Reserva é base para investir bem – Um importante primeiro passo para qualquer investidor é formar uma reserva de emergência. Este deve ser o montante necessário para que a pessoa tenha segurança no mundo dos investimentos. A orientação geral é o investidor reunir entre seis e 12 vezes o valor de seu salário em um ativo de tipo conservador. O dinheiro guardado serve para manter o estilo de vida por até um ano em caso de um perda de emprego e dificuldade de recolocação profissional.
A segurança e a liquidez diante de qualquer eventualidade são os principais quesitos na escolha de ativos para formação de reserva. O ideal é que esse aporte seja construído em ativos como o Tesouro Selic, o Certificado de Depósito Bancário (CDB) e a Letra de Crédito Imobiliário (LCI), pois, dentro do que o mercado apresenta atualmente, são os que melhor atendem aos critérios conservadores, garantindo uma rentabilidade maior do que a tradicional
Caderneta de Poupança – Uma vez que o investidor forma sua reserva de emergência, ele pode investir com objetivos mais ousados, pois está protegido contra eventualidades.
Análise de perfil define tolerância ao risco – Outro ponto fundamental dentro de um bom planejamento é a informação. É essencial que o investidor procure conhecer os ativos que tem à disposição no mercado para que, em função disso, faça boas escolhas. Para tanto, a orientação é estudar as ofertas que as plataformas de investimentos apresentam.
A orientação geral da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é ter como ponto de partida a análise do perfil financeiro. Esta é uma avaliação que permite identificar o grau de tolerância ao risco. O perfil pode ser conservador, moderado ou arrojado e vai contibuir para a escolha de ativos de renda fixa e variável e de abordagens de curto, médio e longo prazo. Enquanto o conservador tende a priorizar a segurança em detrimento da rentbilidade, o arrojado faz o contrário e o moderado se encontra em uma posição intermediária entre os dois.
Definir objetivos ajuda a alcançar resultados – Ao definir metas de curto, médio e longo prazo em função de seu perfil, o investidor é capaz de fazer escolhas mais coerentes, considerando aquilo que deseja conquistar, diante de suas reais possibilidades. Em um ano ainda marcado por grande instabilidade, a análise precisa ser criteriosa. Trabalhar com objetivos é algo estratégico que permite a sofisticação das escolhas dos produtos financeiros.
Uma pessoa que precisa investir visando um resgate rápido deve pensar em possibilidades líquidas, enquanto alguém que pensa no longo prazo deve se concentrar em projetos que levam tempo para serem consolidados. É nessa lógica que os diferentes mercados existentes precisam ser compreendidos.
Outro importante elemento que precisa ser considerado no planejamento de quem pretende investir é a diversificação. Quando a pessoa diversifica seus investimentos, ela deixa de depender de um único fator de sucesso em suas aplicações.
Investidores inexperientes tendem a aplicar o dinheiro em um único ativo e torcer para que ele se valorize. Quando isso não acontece, o prejuízo pode ser maior do que se a pessoa tivesse diversificado suas aplicações, ou seja, dividido seu montante em ativos que valorizam de acordo com diferentes cenários.
Assim, alguém que investe no Tesouro Direto, em Fundos de Investimento Imobiliário (FII) e em ações, por exemplo, tem mais proteção em relação a resultados ruins e maiores possibilidades de ganhos. Isso é possível pois os resultados dependem de condições impostas por diferentes mercados, no caso, a evolução da taxa de juros, o setor imobiliário e a valorização das empresas. Fonte: (expertamedia.com.br).