A Cooperativa Central Aurora Alimentos, terceira maior indústria brasileira de carnes suína e de frango, registrou recorde de 14,6 bilhões de reais na receita operacional bruta obtida em 2020, alta de 33% impulsionada pelas exportações de proteínas para a China aliadas a um dólar valorizado. Segundo balanço financeiro antecipado à Reuters, o desempenho das vendas externas foi considerado “excepcional”, com aumento de 61,8% no faturamento de exportação e 23% no volume embarcado.
“As compras chineses de proteína animal no mercado mundial catapultaram as vendas da Aurora, potencializadas pela situação cambial… A China, sozinha, ficou com 40% das exportações totais da Cooperativa Central”, afirmou a companhia em nota. Com isso, a Aurora passou a responder por 17,5% das exportações de carnes suínas do Brasil e 6,6% de frango. Antes, o market share da cooperativa era de 16,8% e 6,4%, respectivamente.
A empresa disse que o grande desafio visto no ano em que surgiu a pandemia da Covid-19 foi manter a qualquer custo a produção de alimentos por se tratar de setor essencial. Para a otimização das plantas industriais iniciou-se, em 2020, a jornada de trabalho de segunda a sábado, o que permitiu ampliar o volume de abate e processamento de suínos e aves.Em suínos, houve um incremento de 11,78% no abate diário das sete plantas da Aurora, para 25.135 cabeças.
No segmento aves, o incremento foi de 2,5%, elevando a capacidade para 1.004.381 aves abatidas por dia nas sete unidades avícolas. A produção in natura de carnes suínas deu um salto de 72,9% e atingiu 774.826 toneladas. “A cooperativa central exportou 192 mil toneladas (de carne suína) –ou seja, 57% mais que em 2019– para 36 países, tendo como principais destinos a China, Hong Kong, Estados Unidos, Chile e Japão”, destacou (Reuters).