O setor alimentício está lidando com consumidores mais engajados em prepararem suas próprias refeições. Além disso, há uma nova realidade nos padrões de consumo e o setor alimentício tem algumas possibilidades para fomentar os negócios, desde que priorizem o consumidor.
Essas são algumas das conclusões da pesquisa “Quando a sorte não é uma estratégia” (When luck is not a strategy, em inglês), conduzida pela KPMG com consumidores dos Estados Unidos. “A pesquisa reforça o que já havíamos visto em pesquisas anteriores da KPMG, sobre como a pandemia está mudando os hábitos alimentares dos consumidores e destaca como as organizações do setor alimentício podem operar melhor nesse cenário.
O conceito de que o ‘lar’ é o novo centro de convivência está se fortalecendo cada vez mais, fazendo com que para esta parcela da população que está vivendo mais em casa, a alimentação caseira seja cada vez mais presente. O momento é crucial para as organizações entenderem os novos hábitos e reverem suas categorias, se adaptando a novos padrões de consumo, movendo-se de porções para consumo individual para porções familiares.
E ainda vemos outras oportunidades para serem exploradas tanto no Brasil como na América do Sul, pois os consumidores daqui fazem uso intensivo de tecnologia, dispositivos móveis e aplicativos de entrega”, afirma Fernando Gambôa, sócio-líder de Consumo e Varejo da KPMG no Brasil e América do Sul.
A maioria (67%) dos respondentes da pesquisa revelou que, mesmo após o fim das medidas restritivas, o hábito de consumir ou preparar refeições em casa continuará. Hoje, esse número é de 77%. A pesquisa também destacou a preferência pelo delivery e pela retirada em loja, com 33% dos respondentes afirmando que esta é a maneira pela qual estão recebendo os alimentos. Já 28% dos entrevistados apontaram que optam por retirar os alimentos em loja.
“Os dados da pesquisa também evidenciam que, para o setor alimentício, as alterações no comportamento do consumidor possibilitaram o crescimento de receitas e negócios, revelando uma nova possibilidade estratégica para esse mercado. Ou seja, além das tendências, os novos padrões de consumo impulsionados pela nova realidade fazem com que as empresas do setor alimentício tenham uma janela de oportunidades para o avanço dos negócios desde que consigam se adaptar às novas tendências”, afirma Mauricio Godinho, sócio-diretor líder de Alimentos de Bebidas da KPMG no Brasil.
As diferenças também se destacam quando os entrevistados são classificados por local de trabalho: os que trabalham em casa têm menor probabilidade de preparar refeições (63%). Em todas as refeições, no entanto, o pedido de refeições para entrega em casa ou de comida para viagem diminuiu durante a pandemia. Fonte: (www.kpmg.com.br).