Max Camargo (*)
Há 3 anos os serviços de armazenamento em nuvem começaram a se popularizar em todo o Brasil, e hoje eles já fazem parte da maioria das empresas.
Principalmente aquelas que entenderam que este modelo responde às necessidades de resiliência dos negócios em meio ao trabalho remoto. Segundo uma pesquisa da consultoria IDC (International Data Corporation), a taxa de aumento do uso da nuvem no Brasil em 2020 deve ser de 24%, bem semelhante com a América Latina, que tem uma previsão de 24,5%. A pesquisa também aponta que até 2022, 70% das empresas vão integrar gerenciadores de cloud, por meio de modelos híbridos e multicloud .
Em 2020 houve um aumento expressivo na procura por soluções em nuvem, justamente pela facilidade de acesso ao sistema de trabalho de qualquer lugar do mundo, sem depender necessariamente de uma conexão VPN (Virtual Private Network) ou da rede interna da organização. Outras facilidades que a cloud proporciona, incluem a rapidez de implementação das aplicações de servidores e a redução de trabalhos operacionais, pois dessa maneira, não é mais necessária a troca de recursos computacionais físicos.
Quando a organização se adapta à cloud, ela administra somente os principais ambientes. O primeiro é o on premise, que é o modelo padrão para as empresas que possuem o data center internamente; e o segundo é a infraestrutura como serviço, onde a empresa administra o sistema operacional e o controle de rede de seus dispositivos. Assim, é possível focar os esforços no gerenciamento das contas dos usuários, nos dispositivos que eles estão acessando, e nas informações tangíveis à organização no geral.
Podemos até não perceber, mas a computação em nuvem pode ser vista em diversos serviços online, como por exemplo, envio de e-mails, edição de documentos, na hora de ver filmes, ouvir músicas ou armazenar fotos. Essa tecnologia possibilita a concepção de serviços fundamentais para as empresas por meio de um provedor de nuvem, desde a criação de aplicativos nativos da nuvem, até análise de dados para tomadas de decisões mais assertivas.
A nuvem é tão importante, que a procura por aplicações que facilitassem o acesso remoto dos funcionários ao ambiente de trabalho cresceu muito no Brasil, e a preferência da maioria das empresas foi a infraestrutura de desktop virtual (VDI), por ser um ambiente totalmente gerenciável pela organização. É a empresa quem define quais serão os critérios de segurança utilizados no computador que o usuário for se conectar para trabalhar, a fim de proteger dados corporativos em aplicativos aprovados em dispositivos pessoais.
Notei que houve um aumento significativo também na procura por desktop virtual no segmento de call center, porque antigamente os funcionários trabalhavam um ao lado do outro no mesmo ambiente, e com a necessidade de distanciamento social, muitas empresas optaram pelo trabalho remoto e, consequentemente, pela implementação dessa solução.
Este modelo é interessante porque, mesmo que o usuário esteja logado em um computador sem proteção, o ambiente de trabalho estará protegido e será totalmente gerenciado pela organização, garantindo a segurança das informações. Além disso, o funcionário pode acessar o ambiente de trabalho de qualquer dispositivo, porque ele continuará acessando um local com configurações superiores e melhor performance.
Dessa forma, o usuário não notará nenhuma diferença ou problemas com lentidão.
Para que esse gerenciamento seja feito corretamente é necessário usar um gerenciador de dispositivos que possa identificar se o usuário está tentando acessar o sistema de um dispositivo contaminado ou que possa gerar algum risco para a organização.
A infraestrutura de desktop virtual traz segurança e redução de custos operacionais, porque a empresa não precisará mais se preocupar em comprar um computador de última geração, ela só terá que investir em uma boa conexão de internet. Isso abre espaço para os gestores capacitarem os funcionários para atuarem de qualquer lugar que estejam, com os dados protegidos e garantindo a continuidade dos negócios.
(*) – Formado em Marketing pela Universidade Anhembi Morumbi, é diretor comercial da Solo Network (http://www.solonetwork.com.br/home).