Luciana Pinheiro (*)
Acredito que a forma de trabalhar mudou de forma definitiva. Mas uma demanda permanece a mesma: a necessidade de fornecer uma experiência de trabalho consistente e superior aos colaboradores. Isso para que todos tenham um bom desempenho a partir de qualquer local, rede ou dispositivo.
Vejo que, mesmo antes da pandemia, o trabalho já não estava mais vinculado a um lugar físico. Depois dessa crise de saúde global, esse movimento ficou totalmente evidente. Agora, tornou-se comum o trabalho na cozinha ou na sala, em parques, em cafés ou em escritórios com capacidade reduzida.
No início, muitas empresas viram o trabalho remoto como uma solução temporária para o problema do COVID-19, mas agora o incluem a flexibilidade e até a adoção de 100% home office em suas estratégias de longo prazo. Por que eles fizeram essa mudança? Porque funciona tanto para empregadores quanto para empregados.
De acordo com um estudo conduzido pela Citrix e OnePoll, 70% dos 10.000 trabalhadores de seis países (EUA, França, Austrália, Alemanha, Itália e Reino Unido) sentem que são muito ou mais produtivos trabalhando remotamente e 83% acham que o trabalho e a vida pessoal são mais equilibrados quando não estão trabalhando no escritório. Por muito tempo, a solução foi fornecer tecnologia projetada para aumentar os resultados. Mas os tempos mudaram.
Hoje, os funcionários precisam de espaço para se concentrar em quem podem se tornar – e não apenas no que podem fazer. Um espaço onde não existam distrações e que os permitam pensar, criar e trabalhar como quiserem. Isso para que eles possam desenvolver todo o seu potencial e gerar valor. Estudos mostram que as pessoas trabalham melhor quando os empregadores lhes fornecem essa flexibilidade.
No último estudo da Quartz, 75% dos colaboradores disseram que a tecnologia do espaço de trabalho digital, juntamente com modelos flexíveis, os capacita a serem mais criativos e inovadores. Enquanto a experiência do consumidor continua ágil e simplificada, a do colaborador permanece confusa e complexa. Durante um dia normal, eles:
• Usam muitas aplicações para trabalhar e geralmente precisam de quatro ou mais para concluir um único processo de negócios, como enviar um relatório de despesas, reservar uma viagem, enviar pedidos de compra ou solicitar dias de folga.
• Gastam pelo menos 20% do tempo procurando as informações necessárias para realizar o trabalho.
• São interrompidos a cada dois minutos, por meio de mensagens de texto, chat ou outros alertas.
Novas ferramentas de colaboração para equipes apenas adicionam mais ruído, forçando o colaborador a incluir outro canal de trabalho, o que aumenta o número de alertas e interrupções e dificulta significativamente a capacidade de fazer o que realmente importa.
Soma-se a isso os desafios relacionados à pandemia, como um casal que também trabalha em casa, os filhos e suas aulas virtuais, animais de estimação e os escritórios improvisados. É evidente que a experiência, e a tecnologia usada para proporcioná-la, precisa de uma renovação.
De acordo com um estudo da The Economist Intelligence Unit, a experiência positiva dos trabalhadores não apenas aumenta a produtividade, o comprometimento e a retenção de talento, mas também melhora a satisfação do cliente e a lucratividade das empresas. Ou seja, quanto mais felizes estão os colaboradores, maior o comprometimento.
A tecnologia complexa projetada para gerar resultados e conduzir tarefas operacionais não deixam as pessoas felizes, mas as soluções que eliminam o trabalho improdutivo, repetitivo e estimulam a criação de valor e inovação, deixam.
As empresas que investem na eliminação da desordem e do ruído no espaço de trabalho – onde quer que ele seja feito – podem oferecer uma experiência contínua e agradável que mantém o engajamento das pessoas e o progresso dos negócios.
Com a tecnologia certa, as empresas podem eliminar distrações que interferem no progresso individual e impulsionar todo o potencial de seus funcionários.
(*) – É diretora de vendas da Citrix Brasil (https://www.citrix.com/pt-br/).