Nos últimos dois anos o interesse dos brasileiros sobre o funcionamento e a dinâmica do mercado financeiro elevou consideravelmente de patamar. A bolsa de valores brasileira, que tinha pouco mais de 800 mil CPFs cadastrados ao final de 2018, possui atualmente mais de 2,6 milhões pessoas registradas.
Esse boom no mercado também trouxe a possibilidade de algumas fintechs estimular e popularizar uma nova classe de investimentos: os quantitativos.
Pensando em esmiuçar e trazer o panorama atual sobre esse setor, a TradeMachine – fintech especializada em investimentos automatizados – realizou a 1ª Pesquisa Nacional do Uso da Tecnologia para Investimentos.
Contando com a participação de mais de 400 investidores brasileiros, o levantamento revela que 6% dos respondentes já utilizam alguma estratégia de investimentos automatizados na carteira. Entre as pessoas que já investem, 40% adicionou este tipo de ativo há mais de um ano, outros 40% usam a estratégia entre um e seis meses, 13% entre seis e doze meses, e 6% há menos de um mês.
A pesquisa também mapeou que a maior parte dos investidores (59%) possuem algum tipo de receio quando o assunto é robô de investimentos. Para 24%, o maior temor é a falta de controle e autonomia sobre seus investimento, 19% temem perder o valor do capital investido e 16% ficam desconfortáveis em relação à segurança e previsibilidade da solução automatizada. Por outro lado, 41% dos investidores não possuem nenhum receio.
Para 37% dos investidores o investimento automatizado ainda não é uma solução adequada para períodos de maior incerteza e volatilidade, quando comparado aos modelos de investimentos tradicionais. Porém, 28% acreditam no contrário (ajuda em momentos de crise). Já 35% afirmam que não conhecem a fundo a modalidade.
O levantamento coletou ainda que 71% dos entrevistados enxergam o mercado de renda variável, de uma forma geral, com otimismo, seguido por 23% com ceticismo e apenas 6% com pessimismo.
De acordo com o CEO da TradeMachine, Rafael Marchesano, os resultados mostram que as estratégias automatizadas possuem grande potencial de crescimento no mercado, uma vez que 94% dos investidores ainda não realizam operações com esse tipo de ativo.
“Entendemos que é um processo que exige um grande trabalho de educação de mercado. Porém, pouco a poucos vemos uma quantidade maior de investidores interessados na modalidade, até porque os investimentos automatizados podem oferecer proteção contra grandes flutuações do mercado, passar por cenários de altíssima volatilidade e controlar as aplicações com uma alta velocidade, probabilidade de acerto e controle de risco”, explica.
Entre as especificidades do grupo que já investe por meio de soluções financeiras automatizadas, a maior parte teve uma experiência satisfatória com os investimentos automatizados comparado às demais modalidades existentes no mercado. Isso porque 60% obtiveram performance superior aos demais investimentos tradicionais do mercado, 20% informaram um desempenho inferior e outros 20% afirmaram que a performance foi igual.
No grupo, 86% dos investidores buscam uma estratégia parametrizável, conhecidas como whitebox ou graybox, onde é possível interferir e configurar o robô de acordo com os inputs e informações na qual deseja que o algoritmo reconheça no mercado a fim de operar de determinada forma. Na outra ponta, 14% dos entrevistados preferem investir com uma estratégia totalmente automatizada, utilizando os chamados robôs blackbox, que possuem programação e estratégias já embarcadas.
A pesquisa trouxe ainda que a maior parte dos investidores (53%) optou por manter o patamar de recursos automatizados nos últimos dois meses, enquanto 34% aumentaram os aportes e apenas 13% diminuíram. Para o futuro, 73% dos respondentes afirmam que pretendem ampliar os seus recursos em investimentos automatizados, já 27% não possuem a mesma intenção.
Fonte e mais informações: (https://trademachine.co/).