A prolongada permanência das pessoas em casa por causa do isolamento social para evitar a propagação da COVID-19, está aumentando os gastos e as contas de energia elétrica das famílias, sobretudo daquelas que estão em regime de home office. Outro recurso fundamental e que deve ser intensificado nas residências é o uso da água. A quarentena é uma boa oportunidade para repensar os hábitos de consumo desses dois recursos essenciais para o cotidiano das pessoas.
Desde o início do ano, todos os consumidores brasileiros têm uma opção diferenciada de cobrança do consumo de energia elétrica: a Tarifa Branca. A modalidade tarifária foi criada pela Aneel, onde o valor da tarifa de energia varia de acordo com o horário do seu consumo. Ela entrou em vigor em janeiro para todos os consumidores conectados em baixa tensão como, por exemplo, residências e pequenos comércios.
Como funciona? O preço da energia, nos dias úteis, é dividido em três faixas horárias de consumo. No horário de ponta (17:30 às 20:30), a tarifa fica mais cara que a tarifa convencional. Na faixa intermediária (16:30 às 17:30), retornando das 20:30 às 21:30, o custo também é maior. Entretanto, no horário fora de ponta (21:30 até 16:30 do dia seguinte), a tarifa para o consumidor é mais barata se comparada à cobrada no modelo tradicional. Sábados, domingos e feriados contam como tarifa fora de ponta nas 24 horas do dia.
“Como as pessoas geralmente trabalham fora o dia todo, acabam não tendo tempo para analisar o gasto com a energia utilizada em casa, como o chuveiro elétrico, ar condicionado, ferro elétrico, aspirador de pó e máquina de lavar. Mas, nestes dias de reclusão obrigatória, surge uma boa oportunidade para repensar e planejar mudanças de hábitos que tragam economia nas contas básicas, inclusive para depois que a quarentena terminar”, analisa Octávio Brasil, da CAS Tecnologia.
A Tarifa Branca pode ser vantajosa para pessoas que possam deslocar parte considerável do seu consumo de energia os períodos fora de ponta. Com a adoção, é possível ter uma economia na conta de energia de até 17%. Para fazer o pedido de adesão, é preciso que o consumidor entre em contato com a concessionária de energia de sua região. Em trinta dias, um novo medidor de energia será instalado na residência ou comércio.
Porém, é preciso atenção: se a energia for utilizada durante o horário de ponta, a tarifa pode ficar até 83% mais cara. Os percentuais citados (possibilidade de economia ou o risco de aumento se o consumo for concentrado em horário de ponta e fora ponta) podem variar conforme os hábitos das unidades consumidoras.
Outro item fundamental e que pode ter seu consumo melhor avaliado é a água. Quem mora em edifícios geralmente se preocupa menos com o recurso, porque o valor da conta de água é compartilhado entre todos os moradores. O gasto com água é a segunda maior despesa dos condomínios, abaixo apenas de mão-de-obra e encargos. E com a população em quarentena em seus apartamentos, o custo da água tende a ser maior para os edifícios.
Segundo levantamento do Grupo Hupert, que administra condomínios, o consumo de água responde por cerca de 15% do total dos gastos do edifício. Assim, uma excelente solução é a individualização de água dos apartamentos. Com a medida, a economia gerada na conta do condomínio pode ser de até 35%.
“Como a conta de água é dividida entre todos os apartamentos, é muito mais difícil combater o desperdício, já que o morador não sente no bolso a diferença entre gastar e poupar. Além disso, o sistema também é injusto, pois quem evita o desperdício acaba pagando mais pelos moradores que fazem uso da água em demasia”, explica Marco Aurélio Teixeira, especialista em medição individualizada da CAS Tecnologia.
Fonte e mais informações: (www.castecnologia.com.br).