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Inovação e estratégia: o passo a passo para sua empresa se destacar no mundo competitivo

em Especial
quarta-feira, 01 de julho de 2020

Entender esses conceitos pode fazer toda a diferença para a sua empresa, especialmente em tempos de crise como o que vivemos

O termo inovação tem cada dia mais rondado o mundo dos negócios. A verdade, no entanto, é que ele ainda não virou realidade para diversas empresas, principalmente no Brasil. Uma pesquisa divulgada pelo IBGE em abril deste ano mostra que apenas 33,6% das organizações brasileiras são realmente inovadoras.

Com a crise causada pela covid-19, o que seria normalmente um processo mais lento, entrou em aceleração por causa da pandemia. E agora inovar virou questão até de sobrevivência. Aderir à inovação como estratégia é hoje uma das opções mais inteligentes frente ao contexto de crise e competitividade acirrada que as empresas vêm enfrentando.

Mais que inovar, o importante é fazer as perguntas certas. Afinal, inovação não tem uma caixinha de respostas, mas sim os questionamentos que as empresas devem se fazer para chegar lá.

O sócio e diretor da People+Strategy, João Roncati, levanta algumas das principais questões para refletir sobre o processo de inovação estratégica corporativa. Confira!

Qual a importância de inovar dentro da estratégia da minha empresa?
Estratégia é posicionamento. Inovação é valor novo, perceptível, concreto e, portanto diferenciador. Toda inovação deve gerar um valor diferenciador e, por isso, é estratégica.

Para que uma estratégia de inovação corporativa obtenha sucesso, pode ser necessário ajustar processos, hábitos e até mesmo a cultura da empresa.

Existem algumas razões pelas quais as empresas devem inovar: para se manter de forma competitiva, aumentar essa competitividade e até evitar o declínio do seu negócio. Inovar é criar um diferencial competitivo, perceptível e atrativo. O projeto de inovação é o caminho para se chegar a essa entrega de valor.

Toda inovação tem que ser disruptiva?
Nem toda inovação é necessariamente disruptiva. Inovação é a criação de coisas novas ou o rearranjar das antigas, mas de uma nova forma. É a criatividade organizada que gera resultados concretos e superiores. Aquela solução encontrada para trazer novos valores, um novo grau de diferenciação e resultados melhores. Não precisa ser necessariamente uma ideia nova, mas precisa ser organizada, fazer parte de uma estratégia e do posicionamento da empresa e, claro, gerar resultados superiores àqueles que vinham sendo obtidos.

Mas o que estimula a criação de uma inovação?

O principal fator, sem dúvidas, é um problema ou uma restrição, como a de recursos por exemplo. O que estamos vivendo hoje na pandemia, por exemplo, é uma alavanca muito grande para inovação. E provavelmente teremos vários processos inovadores para solucionar os problemas gerados, principalmente nas áreas de saúde, tecnologia e educação.

João Roncati, CEO da People+Strategy

Outro fator é a necessidade de criação de um valor diferenciador. A criatividade organizada pode, por exemplo, combinar soluções que efetivamente melhorem a capacidade competitiva e coloquem a empresa à frente de seus concorrentes. Fundamentalmente, que a empresa ofereça valor novo e perceptível ao seu mercado, aos seus clientes.

O que é necessário ser feito para inovar na minha empresa?

Para que uma estratégia de inovação corporativa obtenha sucesso, pode ser necessário ajustar processos, hábitos e até mesmo a cultura da empresa.

Ainda precisamos caminhar muito no processo de inovação dentro das organizações. Afinal, como mostramos até agora, é preciso realmente criar condições para isso existir efetivamente, reservar tempo e recursos.

Empresas, para serem inovadoras precisam entender isso: é necessário cultivar o pensamento divergente, fugir da formulação padronizada, estimular processos contínuos de desenvolvimento de ideias, de fomento à criatividade.

E para conseguir fazer isso dentro da sua empresa o termo-chave é: novos conhecimentos, sempre. Trabalhar e se dedicar sempre para obter informação, experimentar, perguntar, não julgar, experimentar novas emoções. Por quê? Para multiplicar nossas perspectivas e assim, inovar de maneira estratégica e eficiente.