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Guedes: empréstimos a empresas ainda não são suficientes

em Economia
terça-feira, 30 de junho de 2020

O ministro da Economia, Paulo Guedes, reconheceu ontem (30) que os empréstimos para atender as empresas não foram suficientes até agora. Guedes participou de audiência pública virtual, promovida pela Comissão do Congresso que acompanha a situação fiscal e a execução orçamentária e financeira das medidas relacionadas ao coronavírus. “Tenho a maior franqueza em reconhecer que, na parte de crédito, ele não foi satisfatório até o momento, e nós continuamos aperfeiçoando o nosso programa para o dinheiro chegar à ponta, que era a maior reclamação”, disse.

Guedes afirmou que o governo tem um “time técnico muito bom”, mas a demanda por crédito cresceu muito. Ele citou o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e os presidentes de bancos públicos. “Como [a pandemia] travou o país inteiro, a necessidade de capital de giro triplicou, quadruplicou. Então, mesmo expandindo o crédito, como expandimos, a verdade é que continuou insuficiente. Continuamos, o tempo inteiro, aperfeiçoando os programas em busca de um melhor desempenho”, disse.

Por outro lado, Guedes disse que o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEM) foi bem-sucedido. “No mercado formal americano, em cinco, seis semanas, demitiram 30 milhões, e aqui nós impedimos a demissão de 10 milhões. Houve, nesse período, uma demissão de em torno de 1 milhão de pessoas só no mercado formal, o que foi absolutamente excepcional, foi extraordinário”, disse.

Guedes disse que o Pronampe também será “muito bem-sucedido”. Ele ressaltou, porém, que pode gerar “alguma perda”. “Mas a nossa responsabilidade é conceder esses recursos”. Segundo o ministro, no caso das pequenas empresas a situação é diferente. “Você vai dar dinheiro para milhares de pequenas empresas, e algumas podem realmente morrer no caminho e não conseguir pagar. Então, com as pequenas, a gente pode não ganhar dinheiro. Mesmo assim, daremos o crédito, foi isso que eu estava falando. E aí deformaram completamente a frase, dizendo que a gente não dá dinheiro para os pequenos para não perder”.