Toda crise, como a que o país vive agora com a pandemia do Coronavírus, representa uma ameaça, mas pode ser também uma oportunidade de fazer diferente e descobrir novos caminhos. E é nesses momentos que a inovação pode ser um diferencial para os pequenos negócios. Afinal, na economia moderna, a vantagem competitiva está naquelas empresas que conseguem ser mais ágeis e não exatamente as maiores.
Quando se fala em inovação, a maioria das pessoas normalmente imagina o uso de tecnologias de ponta, com robôs, nanotecnologia etc. Mas o conceito de inovação vai bem além disso, e não está restrito ao universo das grandes corporações e nem tão pouco da alta tecnologia. De acordo com o gerente de Inovação do Sebrae, Paulo Renato, a inovação pode ser aplicada nas empresas por meio de ações incrementais.
“A inovação se apresenta quando conseguimos propor soluções para problemas específicos, e neste momento são muitos os problemas que as empresas já estão e vão enfrentar. Inova pode até ser vender o mesmo produto ou serviço que você vende, mas de uma forma diferente ”, destacou. Com o impacto negativo do novo Coronavírus na economia mundial, a inovação se torna uma saída para os pequenos negócios driblarem parte dos prejuízos com a perda dos clientes e consequente queda nas vendas e no faturamento.
Em Brasília, o dono do restaurante Rio Bistrô, Fred Bastos, viu o faturamento cair muito depois que os clientes deixaram de frequentar o local por receio de aglomerações em virtude da pandemia. Consciente da necessidade de seguir as recomendações do governo e atento às normas de higiene e prevenção na manipulação dos alimentos, ele resolveu inovar na forma de delivery.
“Percebi que há muitas pessoas com receio de entrar em contato com quem não conhecem por meio dos aplicativos de entrega, e resolvi montar uma equipe própria para realizar o serviço”, contou.
Junto com o sócio, o filho e dois gerentes, a equipe se reveza para fazer as entregas e demonstrar aos clientes que estão tomando as medidas necessárias para garantir mais tranquilidade e satisfação. “É um cuidado a mais que tem sido bem recebido pelos nossos clientes”, explicou.
A empresária Marcela Reis, dona da loja de moda praia, Sol e Vento, que existe há 40 anos no mercado brasiliense já usava as redes sociais como canal de venda, mas como os clientes não estão mais indo até a loja, ela resolveu investir mais ainda na divulgação e venda de produtos de forma online. “As redes sociais viraram nossa prioridade neste momento. Também estamos oferecendo a possibilidade de o cliente escolher os produtos pelo Whatsapp e recebê-los em casa por meio de uma malinha exclusiva”, contou (AI/Sebrae).