O Brasil permanece entre os maiores recicladores mundiais de latas de alumínio para bebidas. Em 2018, foram coletadas e recicladas 96,9% dessas embalagens. O que equivale dizer que foram reaproveitadas quase todas as latas que entraram em circulação no mercado, cerca de 26 bilhões de unidades.
Em números exatos: das 330,3 mil toneladas de latas que foram comercializadas no período, 319,9 mil toneladas foram recicladas. O levantamento é feito com base em números apurados pela Associação Brasileira do Alumínio (Abal) e pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas). Em relação a 2017, o consumo de latas de alumínio de bebidas em 2018 cresceu 8,7% e esse aumento foi acompanhado pela reciclagem, que avançou 8,1%.
“O Brasil é exemplo para o mundo. Desde 2004, o nosso índice de reciclagem de latas permanece acima de 90%, o que significa que a cadeia da reciclagem tem acompanhado o crescimento do consumo, o que não é trivial”, lembra Milton Rego, presidente executivo da Abal. “Isso é resultado do investimento da indústria do alumínio no sistema de reciclagem. Criamos pontos de coleta em todo o país e uma rede logística estruturada, que faz esse material chegar às fábricas, onde é reaproveitado. E, claro, contamos com o trabalho eficiente, dedicado e fundamental dos catadores”.
Os fabricantes de latas de alumínio para bebidas entenderam as demandas dos consumidores, usaram novas tecnologias de impressão, mostraram que a embalagem é mais leve e pode ser uma opção interativa, além de ser mais fácil de transportar. “Além disso, diversificamos o uso da lata: da cerveja, envasada principalmente em lata, chá, bebidas energéticas, cachaça e, agora, a água mineral também mostra movimento para as latas”, ressalta o presidente executivo da Abralatas, Cátilo Cândido (AC/Abralatas|AC/ Abal).