O Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) mostra que por volta de 1h40 desta sexta-feira (24), os brasileiros terão desembolsado R$ 200 bilhões, valor pago aos governos na forma de tributos. No ano passado, para recolher esse mesmo montante, foi necessário um dia a mais. Mas o aumento na arrecadação, já sinalizado nestes primeiros dias do ano, não é necessariamente uma má notícia.
É o que explica Emílio Alfieri, economista da ACSP. “O aumento na arrecadação dos impostos é algo natural se estiver relacionado ao crescimento do PIB. Então, como o governo não está mudando as alíquotas, é possível ver com bons olhos essa variação positiva dos primeiros dias de 2020”. Segundo o economista, o estímulo ao crédito para pessoas físicas é um dos fatores que têm ajudado no crescimento econômico do país, o que afeta positivamente a receita com impostos arrecadados pelo governo.
“A redução na taxa básica de juros e a política do governo de estimulo para tomada de crédito para pessoas físicas têm ajudado a aumentar essa arrecadação, sem que seja preciso aumentar as alíquotas”, afirma o economista. Alfieri alerta, no entanto, que o governo Federal precisa “conter os ânimos” com relação a sinalização de aumento da arrecadação via tributos.
Para Alfieri, a economia do País está no rumo certo para sair da crise. Mas é possível acelerar o processo. “Se mantivermos o ritmo atual, é possível retomar os níveis econômicos de 2014 em até quatro anos. Mas se houver uma reforma fiscal mais abrangente, e uma simplificação tributária, podemos recuperar os bons números já em dois anos”, finaliza (AI/ACSP).