O endividamento na capital paulista atingiu 60,5% dos lares em novembro e bate mais um recorde histórico, com o maior nível desde 2010. Em relação ao mesmo período em 2018, houve alta de 9 pontos porcentuais. Já no comparativo com outubro deste ano a elevação foi de 0,7 p.p. O resultado significa que 2,38 milhões de famílias permanecem com algum tipo de dívida.
Houve queda na inadimplência, de 22,8% em outubro para os atuais 21,9%. No entanto, ainda está 3,4 p.p. mais alta do que em novembro do ano passado, ou seja, 862 mil famílias não têm condições de pagar as contas atrasadas. Os dados são da pesquisa realizada mensalmente pela FecomercioSP. O principal tipo de dívida das famílias continua sendo o cartão de crédito (75,5%).
Na segunda posição, ficaram os carnês (13,8%), seguido de financiamento de casa (10,9%) e financiamento de carro (10,4%), com praticamente o mesmo porcentual. Com o retorno da liberação de recursos pelas instituições financeiras, os consumidores voltaram a comprar no crédito, inclusive, ampliando os gastos para bens duráveis, o que justifica o aumento do uso do cartão e do endividamento.
Para a Federação, com o mercado de trabalho mais aquecido, juros reduzidos e inflação controlada, o parcelamento sem juros se torna uma ótima opção de pagamento, pois o consumidor não precisa se desfazer do seu dinheiro para quitar o produto ou serviço no ato. De modo que, os comerciantes devem pesquisar quais maquininhas de cartão são mais vantajosas diante desse cenário, para melhorar o giro do fluxo de caixa (ABr).