O Partido Trabalhista britânico voltou atrás e decidiu apoiar a convocação de eleições em dezembro. Ontem (29), membros do governo se reuniram com representantes dos trabalhistas de Jeremy Corbyn. Em um comunicado citado pelo jornal “The Guardian”, Corbyn disse que a decisão foi tomada após a União Europeia ampliar o prazo para a saída do Reino Unido do bloco, o chamado “Brexit”, e a garantia do governo de que não haverá “no deal”.
“Ouvimos agora da União Europeia que a extensão do artigo 50 a 31 de janeiro foi confirmada. Portanto, nos próximos três meses, a nossa condição de tirar o ‘no deal’ da mesa foi cumprida. Vamos agora lançar a campanha mais ambiciosa e de mudanças radicais que nosso país já viu”, exaltou. “É a chance de uma geração construir um país para muitos, não para poucos”.
A decisão foi mais uma derrota para o premier britânico, Boris Johnson, que tentou obter apoio de dois terços dos parlamentares. O voto da oposição trabalhista impediu que Johnson atingisse o quórum necessário. Diante da mudança do cenário, Johnson deve encaminhar ainda nesta terça-feira o projeto de lei que propõe, mais uma vez, a realização de eleições antecipadas, que poderiam ocorrer em 11 de dezembro (ANSA).