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Inadimplência das empresas cresceu 4,14% em setembro

em Economia
quinta-feira, 24 de outubro de 2019

O volume de empresas negativadas continua crescendo, embora a taxas menores em relação ao período mais crítico da crise econômica. De acordo com o Indicador de Inadimplência, calculado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), a alta foi de 4,14% em setembro na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

Na avaliação do presidente da CNDL, José César da Costa, o cenário econômico adverso continua afetando a capacidade de pagamento das empresas. “O faturamento das empresas e a sua capacidade de honrar as contas acabam sendo impactados pela fraca atividade econômica do país, que ainda sofre com alto desemprego e a renda achatada”, explica.

As empresas inadimplentes no país encerraram o último mês de setembro com uma dívida média de R$ 5.563,06. Pouco mais da metade (56%) possui pendências com valor superior a R$ 1.000,00, enquanto 44% têm abaixo dessa cifra. O valor médio atual é menor do que o observado no início da série, em 2010, quando correspondia a
R$ 10.488,97 — descontando valor da inflação.

O setor que concentra o maior número de empresas negativadas é o de comércio. Quatro em cada dez (44%) empresas inadimplentes são estabelecimentos comerciais. O ramo de serviços aparece com a segunda maior participação, concentrando 41% do total de pessoas jurídicas negativadas. O principal credor das dívidas em nome de pessoas jurídicas é o setor de serviços, que inclui bancos e financeiras, com 70% do total de pendências. O comércio detém 17% de participação, ao passo que a indústria representa 12%.

“A crise impactou todos esses setores, principalmente indústria e serviços. Pelos dados do IBGE, nenhum voltou ainda aos patamares que antecedem a crise. Com o alto índice de desemprego, as vendas estão apenas começando a reagir”, ressalta o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior (AI/CNDL/SPCBrasil).