A aprovação do texto base da reforma da Previdência sinalizou positivamente para o mercado e, logo, o governo vai partir para as outras reformas, como a tributária e a administrativa, disse o presidente Jair Bolsonaro. “A tributária sempre é complicada, há muito tempo se tenta e não se consegue. Acredito eu que a administrativa vai ser de menos difícil tramitação”, disse em entrevista à imprensa, durante sua viagem ao Japão.
Bolsonaro agradeceu a articulação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre.“[Devemos a reforma] ao parlamento brasileiro, a conscientização da maioria que essas reformas são necessárias para que o Brasil não corra risco econômico no futuro”, disse. Também explicou a decisão do seu filho, Eduardo, de abrir mão da indicação para a embaixada do Brasil em Washington para se dedicar à sua atuação no parlamento. “[Ele tem que ter] serenidade, tranquilidade, vai ter problema pela frente, é uma bancada grande, mas acho que ele tem capacidade, pela sua experiência, de bem conduzir o partido”.
O presidente está em viagem oficial de dez dias por cinco países da Ásia e Oriente Médio. No seu primeiro destino, o Japão, Bolsonaro participou da cerimônia de ascensão ao trono do imperador japonês Naruhito, em Tóquio, e se reuniu com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski. Ontem (23), Bolsonaro se reuniu com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, na busca por novos negócios com o país asiático. A exportação de carne brasileira e acordos em ciência e tecnologia estiveram na pauta.
Bolsonaro também se encontrou com representantes da comunidade brasileira no Japão e com empresários japoneses. Mais de 200 mil brasileiros vivem no Japão, ficando atrás apenas das colônias brasileiras nos Estados Unidos e no Paraguai. Também participa de um banquete oferecido pelo primeiro-ministro a todos os chefes de Estado presentes na entronização do imperador. A comitiva presidencial parte para a China, depois Emirados Árabes, Catar e Arábia Saudita (ABr).