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Informalidade: trabalhadores sem carteira assinada somaram 11,8 milhões

em Manchete Principal
sexta-feira, 27 de setembro de 2019
Comercio temporario

Os trabalhadores na informalidade atingiram o recorde de 41,4% do total da população ocupada no país.  Foto: Arquivo/ABr

O mercado de trabalho apresentou aumento dos postos de trabalho, para 93,6 milhões, e redução da taxa de desemprego, para 11,8%, no trimestre encerrado em agosto. No entanto, essa melhora dos indicadores tem sido puxada pelo aumento da informalidade no país.
De acordo com dados do IBGE, os trabalhadores na informalidade atingiram o recorde de 41,4% do total da população ocupada no país. Esse é o maior nível desde quando passou a ser medido em 2016.
Dos 684 mil novos postos de trabalho criados no trimestre findo em agosto deste ano, 87,1% foram postos informais, ou seja, trabalhos sem carteira assinada, trabalhadores por conta própria (sem CNPJ) e aqueles sem remuneração (que ajudam em negócios da família sem receber salário). Os trabalhadores sem carteira assinada totalizaram 11,8 milhões de pessoas, e aqueles que trabalham por conta própria somaram 24,3 milhões de trabalhadores. Esses são os maiores contingentes dos dois indicadores desde o início da série histórica iniciada em 2012.
Há um movimento de queda do número de trabalhadores que contribuem para a previdência social desde o início do ano. No trimestre encerrado em agosto, o percentual de empregados que contribuíram para o INSS foi de apenas 62,4%. O rendimento médio real habitual dos trabalhadores permaneceu em R$ 2.298, estável em relação a agosto do ano passado.
A população subutilizada (desempregada, que trabalha menos do que poderia, que não procurou emprego ou que procurou emprego mas não estava disponível para a vaga) ficou em 27,8 milhões de pessoas, ou seja, 2,7% a menos do que maio, mas estável em relação a agosto de 2018. A taxa de subutilização da força de trabalho chegou a 24,3%, inferior aos 25% de maio e estável em relação a agosto do ano passado. O total de pessoas desalentadas (ou seja, aquelas que desistiram de procurar emprego) chegou a 4,7 milhões, 3,9% em relação a maio e estável em relação a agosto (ABr).