Foto: Gov.Espírito Santo/Divulgação Economia circular contempla o compartilhamento, a manutenção, a reutilização, remanufatura e reciclagem de materiais e produtos. |
Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que 76,4% das indústrias do país desenvolvem algum tipo de economia circular, modalidade que engloba ações que visam o aumento da vida útil de produtos e materiais a partir do uso mais eficiente de recursos naturais. Os dados, divulgados ontem (24), foram apresentados na no Encontro Economia Circular e a Indústria do Futuro, na capital paulista.
Segundo o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, parte da indústria brasileira já tem adotado práticas como o reúso de água, a reciclagem de materiais e a logística reversa. Ele vê, no entanto, que ainda há muito potencial a ser explorado no uso eficiente de recursos naturais. “Esse é o caminho para a inserção do país na economia de baixo carbono. Para isso, é imprescindível que haja uma ação articulada entre iniciativa privada, governo, academia e sociedade no sentido de criar novas formas de produzir e consumir”, disse.
Economia circular, diferente do modelo tradicional – que envolve produção, consumo e descarte – defende um ciclo que contemple o compartilhamento, a manutenção, a reutilização, remanufatura e reciclagem de materiais e produtos. A razão para adotar a economia circular foi a redução de custos e a busca por maior eficiência operacional, além de oportunidade de novos negócios. 60% das indústrias entendem que as práticas de economia circular podem contribuir para a geração de empregos na própria empresa ou na cadeia produtiva do setor.
“Em um primeiro momento, as empresas terão de investir, mas, em uma etapa seguinte, será possível diminuir custos operacionais por meio de processos mais eficientes e voltados para o reaproveitamento de resíduos e utilização de bens reciclados”, disse o presidente do Conselho de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Marcelo Thomé (ABr).