As montadoras vão poder investir em desenvolvimento tecnológico a alíquota de 2% que seria paga sobre a importação de peças sem equivalente no Brasil. Os recursos arrecadados, por meio da desoneração fiscal, serão geridos por um conselho gestor. A estimativa é que sejam feitos investimentos de R$ 200 milhões anuais por cinco anos, totalizando cerca de R$ 1 bilhão.
“Esse dinheiro vai ser destinado, para junto com as entidades, desenvolver, fazer pesquisa e inovação para que a gente possa atender essas demandas da sociedade”, explicou o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes. “Queremos carros mais eficientes, mais inteligentes, mais conectados e mais seguros. Isso é uma parceria que envolve o setor privado e as entidades e a academia visando ter veículos melhores”, acrescentou.
Os investimentos vão permitir que as montadoras atendam um cronograma de melhoria dos veículos produzidos no Brasil. “Nós temos um cronograma de metas de eficiência energética, de emissões, de implementar itens de segurança, que já está definido. Esse aporte de dinheiro vai ajudar a acelerar a implementação desses itens”, disse Moraes, acrescentando que o calendário prevê metas a serem atingidas ao longo dos próximos dez anos.
O presidente da Embrapii, Jorge Almeida Guimarães, disse que a escolha dos projetos que vão receber os aportes vai seguir as diretrizes que já são usadas pela empresa para incentivar o desenvolvimento tecnológico no setor. “Nós pré-selecionamos grupos de pesquisa qualificados, que trabalham em pesquisa aplicada e inovação. Não financiamos pesquisa básica. Selecionamos por chamada a pública o que há de melhor no Brasil”, explicou ao informar que, com o modelo, é possível iniciar 100 novos projetos, a partir dos R$ 40 milhões anuais, que serão geridos pela Embrapii (ABr).