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Tecnologia 20/09/2019

em Tecnologia
quinta-feira, 19 de setembro de 2019
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O Data Center em 2025: o futuro é hoje

Em 2014, realizamos em estudo sobre como seriam os Data Centers em 2025. Cinco anos mais tarde uma nova pesquisa foi feita (Data Center 2025: Mais Próximo do Edge). A meta era dar sequência ao levantamento anterior e identificar os novos desafios do mercado de data centers

Uma das vertentes fundamentais do data center do futuro é o edge computing. Nesse modelo, utiliza-se uma arquitetura onde os dados e as aplicações são levados para mais perto do usuário. Foto: B!T Magazine

Fernando Garcia (*)

Quando falamos de “data center”, é necessário especificar a que tipo de instalação estamos nos referindo. Por exemplo, falamos sobre o cloud privado/central corporativo situado em instalações próprias? Ou nos referimos a hyperscale/cloud público? Ou o foco seria em computação de alto desempenho, colocation? Ou, finalmente, em uma instalação remota de edge computing? Ainda que tanto as características físicas quanto as funções de cada um desses perfis sejam diferentes, todos os data centers são parte de um ecossistema integrado e interconectado, preparado para atender as demandas do mundo digital em que vivemos.

Uma das vertentes fundamentais do data center do futuro é o edge computing. Nesse modelo, utiliza-se uma arquitetura onde os dados e as aplicações são levados para mais perto do usuário. Como resultado, a latência que se obtém é menor, a confiabilidade é maior e a segurança da rede wireless, consideravelmente melhor.

No estudo realizado em 2019, mais da metade (53%) dos participantes estima que a quantidade de sites de edge computing para os quais dão suporte crescerá pelo menos 100%. 20% acreditam que haverá um aumento de 400% ou mais. Além disso, espera-se que os atuais 128.233 sites de edge computing que existem hoje passem para 418.803 em 2025, o que representa um crescimento de 226%.

Esses números indicam que a configuração, implementação e gerenciamento dessa crescente rede de sites pressionarão as organizações de TI. Nesse quadro, é fundamental implementar opções de configuração padronizadas e ferramentas de gerenciamento remoto para coordenar os processos e minimizar a necessidade de assistência técnica no site.

A pesquisa investigou, também, os principais casos de uso do Edge Computing:

Aplicações com uso intenso de dados: Nesse perfil, a quantidade de dados faz com que não seja prático transferí-los através da rede diretamente para o cloud, ou do cloud para o ponto de consumo do dado. Alguns exemplos de casos de uso intense de dados incluem as fábricas inteligentes, as cidades inteligentes, a entrega de conteúdo em alta resolução e a realidade virtual. Quarenta e dois por cento dos participantes da pesquisa identificaram essas aplicações como sendo sua principal necessidade de dados em 2025.

Aplicações sensíveis à latência humana: Essa categoria inclui os casos de uso onde os serviços são otimizados para o consumo humano ou para melhorar a experiência humana com serviços tecnológicos. Alguns exemplos incluem a realidade aumentada, o varejo inteligente e o processamento de linguagem natural. Vinte por cento dos participantes da pesquisa identificaram essas aplicações como sua principal demanda de dados em 2025.

Aplicações sensíveis à latência máquina-a-máquina: Essa categoria inclui os casos de uso onde os serviços estão otimizados para o consumo de máquina a máquina. Como as máquinas podem processar dados rapidamente, é necessária uma comunicação de baixa latência para dar suporte a esse tipo de aplicação. Isso inclui arbitragem, segurança inteligente e rede elétrica inteligente (smart grid). Vinte e dois por cento dos participantes identificaram essas aplicações como sendo sua principal necessidade de dados em 2025.

Aplicações críticas para a vida: Essa categoria compreende os casos de uso que afetam diretamente a saúde e a segurança das pessoas. Provavelmente os melhores exemplos do arquétipo Crítico para a Vida sejam os veículos autônomos e a saúde digital. Dezessete por cento dos participantes da pequisa identificaram essas aplicações como sendo sua principal necessidade de dados em 2025.

A pesquisa mostrou, ainda, que na América Latina, o principal caso de uso de Edge Computing é o modelo de uso intenso de dados no edge – 54% do universo pesquisado – ,seguido pelas aplicações sensíveis à latência humana – 2%.

A implementação da rede 5G será fundamental para atender aos casos de uso de edge computing, pois proporcionará maior largura de banda e baixa latência. Segundo os participantes desse estudo, a rede 5G possibilitará a construção de cidades inteligentes, segurança inteligente, transporte inteligente e o desenvolvimento de veículos autônomos e conectados. As cidades inteligentes receberam o maior percentual de respostas na China (78%) e América Latina (72%), enquanto a segurança inteligente recebeu o mais percentual de respostas na América Latina (71%) e Estados Unidos/Canadá (68%).

Para que qualquer uma dessas previsões se torne realidade, os data centers precisarão de uma infraestrutura flexível e confiável para aceitar as novas tecnologias.

Por exemplo, para oferecer um serviço ininterrupto aos usuários, as instalações dos data centers atuais e do futuro devem contar com sistemas de gerenciamento térmico e de gerenciamento de energia preparados para fazer frente às exigências técnicas de data centers de qualquer tamanho. Hoje, esses sistemas têm sido favorecidos por inovações tecnológicas que agregam inteligência para a comunicação máquina-a-máquina e simplificam o gerenciamento remoto.

Em 2025, novas tecnologias, novas infraestruturas e novos desafios estarão no mercado, sempre com o mesmo objetivo: proporcionar soluções rápidas, simples e que estejam próximas das aplicações e dos dispositivos utilizados na vida diária das pessoas.

(*) É Vice-Presidente da Vertiv América Latina.

Psicólogo tem papel de destaque nos ‘e-Sports’

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Foto: Hawkon

Os esportes eletrônicos – os chamados e-Sports – devem crescer 15% este ano em relação a 2018, alcançando 450 milhões de potenciais atletas no mundo, prevê estudo feito pela agência de marketing esportivo Newzoo. A estimativa é de que o mercado de games movimente em torno de US$ 696 milhões (R$ 2,15 bilhões) em 2019.

Em busca da performance ideal, os atletas profissionais – chamados pro players – recorrem cada vez mais ao auxílio da Psicologia. E precisam mesmo de apoio. Eles chegam a ficar de 10 a 12 horas por dia em treinamento. Uma rotina cansativa que exige disciplina, pontuada por dois ou três grandes campeonatos durante o ano.

“As contribuições do psicólogo esportivo são diversas para esses esportistas e abrangem os campos emocionais e comportamentais dos atletas”, explica o professor Paulo Penha de Souza Filho, que ministra a disciplina “Dimensões Psicológicas do Esporte” no Centro Universitário Internacional Uninter.
No esforço para afastar a ansiedade – natural entre os praticantes de modalidades esportivas – são várias as ferramentas a que a Psicologia recorre nos períodos de preparação dos atletas para as disputas e durante as competições. “Antes de tudo, deve-se ter a compreensão da origem da emoção que gera a ansiedade. Para isso, é preciso analisar o perfil comportamental de cada atleta e encontrar as melhores ferramentas que permitirão superar essa situação”, afirma.

Equilíbrio é a chave para o controle emocional, lembra o professor. “É importante que haja uma periodização de treino e também preparação física adequada, alongamentos. Além disso, qualquer atleta precisa cuidar da alimentação para que o corpo conte com nutrientes suficientes para horas de concentração e foco. Atividades de socialização com amigos e família também são essenciais”, observa.

Todo esporte pode desencadear stress em seus atletas, nota o especialista. “Os e-Sports podem ter seu contexto em uma realidade virtual, mas seus jogadores possuem um desgaste emocional como em qualquer outra modalidade competitiva, além do desgaste físico. Dessa forma os e-Sports devem ser encarados com a mesma seriedade que se exige para a prática de qualquer modalidade”, afirma.