Bolsonaro exonera presidente da ABDILuiz Augusto de Souza Ferreira não é mais o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). O decreto de exoneração, assinado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, está publicado no Diário Oficial da União de ontem (4). Para o lugar de Luiz Augusto, o presidente da República nomeou Igor Nogueira Calvet. O decreto está também publicado no Diário Oficial. Igor assume o cargo para um mandato de quatro anos. O novo presidente da ABDI, Igor Nogueira Calvet. Foto: Internet/Reprodução A exoneração ocorre após o presidente Jair Bolsonaro ter determinado a apuração de uma declaração do então presidente da ABDI, sobre ter recebido pedidos “não republicanos” do secretário especial de Produtividade e Emprego do Ministério da Economia, Carlos da Costa. Igor Calvet é doutorando e mestre em ciência política pela UnB. É servidor público federal de carreira. Atua como secretário especial adjunto do Ministério da Economia, e foi secretário de Desenvolvimento e Competitividade Industrial do extinto Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). No início da carreira, foi analista de mercado, na Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). | |
Pesquisa aponta que 19% dos brasileiros consomem algum item orgânicoA busca pela saúde é o que faz o consumidor comprar produtos orgânicos. Foto: Valter Campanato/ABr Agência Brasil Pesquisa encomendada pelo Conselho Brasileiro da Produção Orgânica e Sustentável (Organis) mostra que 19% dos brasileiros consomem algum produto orgânico; 35% consumiram produtos orgânicos nos últimos seis meses; 67% estão dispostos a aumentar compra de produtos. Na Região Sul está o maior percentual de consumo, 48%, seguido pelo Sudeste, com 42%. A pesquisa entrevistou 1.027 pessoas em maio e junho nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza, Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Manaus, Goiânia e Brasília, sendo 56% mulheres e 44% homens, de 18 a 40 anos, com renda de um a dez salários mínimos. “Constatamos que um em cada cinco brasileiros consome algum produto orgânico com frequência média de três vezes por semana, em especial hortifrutis. Há muitas oportunidades de crescimento, pois a pesquisa aferiu que 88% estão dispostos a comprar orgânico”, disse o diretor executivo do Organis, Ming Liu. Para ele, o mercado tende a crescer nos próximos anos. “Muitos comentam que o mercado no Brasil é muito pequeno, mas eu vejo com outros olhos. O potencial que se pode chegar para um nível de consumo de oito a cada dez famílias, que é o nosso sonho, espelhado no maior mercado mundial [EUA]. A pesquisa vai mostrar que a educação para o consumidor é a chave de sucesso para o setor”. O executivo acredita que a pesquisa vai ajudar os produtores a definirem suas próprias estratégias para aumentar o consumo de orgânicos. Destaca ainda que a busca pela saúde é o que faz o consumidor comprar produtos orgânicos. Os hortifrutis se mantêm na liderança de consumo no setor orgânico, sendo 35% frutas, 24% de verduras, 21% alface, 16% legumes, 15% tomate e 8% de hortaliças. PRODUÇÃO INDUSTRIAL CAI 0,3% DE JUNHO PARA JULHOAgência Brasil A produção industrial brasileira teve queda de 0,3% na passagem de junho para julho, o terceiro resultado negativo consecutivo. A perda acumulada no período chega a 1,2%, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada ontem (3) pelo IBGE. A produção teve queda ainda maior na comparação com julho do ano passado (-2,5%). A indústria também acumula recuos de 1,7% neste ano e de 1,3% em 12 meses. Entre as grandes categorias econômicas, a queda foi puxada pelos bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos (-0,3%), e pelos bens intermediários – os insumos industrializados usados no setor produtivo (-0,5%). Por outro lado, os bens de consumo tiveram alta no período e evitaram um desempenho pior da indústria no mês. Os bens semi e não duráveis cresceram 1,4% no período, enquanto os bens duráveis avançaram 0,5%. Onze das 26 atividades industriais tiveram queda na passagem de junho para julho, com destaque para outros produtos químicos (-2,6%), bebidas (-4,0%) e produtos alimentícios (-1%). Entre as 15 atividades com crescimento, o principal destaque ficou com as indústrias extrativas, que tiveram alta de 6%. | Refugiados têm dificuldade para revalidar diploma no BrasilAgência Brasil Os estrangeiros que precisam revalidar o diploma de nível superior enfrentam diversas barreiras burocráticas no Brasil, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados no Brasil (Acnur). Entre as dificuldades estão as altas taxas cobradas por algumas universidades, os elevados custos de tradução dos documentos e as complicações para apresentar todos os comprovantes exigidos. Desde 2016, a Acnur firmou parceria com a Compassiva, ONG para ajudar refugiados na revalidação do diploma. As regras para o processo foram estabelecidas em portaria do Ministério da Educação de 2016. A maioria dos pedidos é de pessoas que deixaram a Síria ou a Palestina (55%) e de venezuelanos (24%). A instituição que recebeu a maior parte dos processos foi a Universidade Federal Fluminense, com 86 casos, sendo que 17 foram revalidados e 13 indeferidos. A Universidade Federal do Rio de Janeiro recebeu 23 processos e contabiliza 8 revalidações. A Universidade Estadual de Campinas recebeu 19 pedidos e já concedeu três revalidações. Para o presidente da Compassiva, André Leitão, a regulamentação que permite apenas universidades públicas a revalidar o diploma cria um “gargalo”, sobrecarregando essas instituições e causando demora na análise dos processos. “Esse é um dos motivos que tem causado a demora, a falta de agilidade nesse processo de revalidação de diploma no Brasil”, enfatizou. Além disso, reclama dos altos custos envolvidos nos pedidos e que não existe um limite para as taxas que podem ser cobradas pelas universidades, que, segundo ele, podem ultrapassar os R$ 7 mil. Economia paulista cresceu 0,7% no 2º trimestreO Produto Interno Bruto (PIB) calculado pela Fundação Seade para o Estado de São Paulo, cresceu 0,7% no trimestre encerrado em junho, em relação ao trimestre anterior, já descontados os efeitos sazonais, com aumento nos serviços (0,5%) e na indústria (2,1%) e variação negativa na agropecuária (-0,9%). No confronto entre o acumulado nos últimos quatro trimestres e o dos quatro trimestres imediatamente anteriores, a economia avançou 1,3%. O PIB paulista recuou 0,6% entre maio e junho, na comparação livre dos feitos sazonais, reflexo dos desempenhos na indústria (-0,3%), nos serviços (-0,8%) e na agropecuária (-5,9%). O PIB do Estado do 2º trimestre de 2019 foi estimado em R$ 584,1 bilhões, sendo R$ 491,6 bilhões referentes ao Valor Adicionado e R$ 92,5 bilhões aos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. A média das projeções indica que o Estado pode repetir a taxa de crescimento do ano passado, mas mostra tendência ascendente de crescimento no segundo semestre e mantém a trajetória da recuperação iniciada em 2017 (AI/Seade). Empresas brasileiras vão às comprasO número de fusões e aquisições domésticas realizadas nos seis primeiros meses deste ano teve um aumento de mais de 45%, em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo pesquisa da KPMG. No primeiro semestre, foram feitas 340 transações deste tipo, envolvendo apenas empresas brasileiras, contra 232 no ano passado. Já o número total de negócios fechados nesse período, em 2019, foi 543 contra 461 em 2018, um aumento de 17%. Do total de fusões e aquisições registradas no primeiro semestre (543), foram registradas ainda transações do tipo CB1 realizadas por empresa estrangeira adquirindo brasileira que chegaram a 140; 31 CB2 (brasileira comprando de estrangeiro empresa no exterior), 8 CB3 (brasileira adquirindo, de estrangeiros, empresa no Brasil), 11 CB4 (estrangeira adquirindo, de estrangeiros, empresa no Brasil) e 13 CB5 (estrangeiro adquirindo, de brasileiros, empresa no exterior). “Os números mostraram que houve um aumento considerável de transações do tipo doméstica, ou seja, realizada entre empresas brasileiras. As negociações fechadas por elas refletem um maior apetite para investimentos no longo prazo por estas empresas, decorrente de uma melhor previsibilidade do cenário econômico brasileiro”, analisa o sócio da KPMG, Luis Motta (AI/KPMG) |