Sérgio Moro e Dias Toffoli e Damares Alves, na cerimônia de assinatura do Pacto de Combate à Violência contra as Mulheres. Foto: Mercelo Camargo/ABr |
Em meio à comemorações dos 13 anos da Lei Maria da Penha, o Ministério da Justiça e mais 10 órgãos assinaram o ‘Pacto pela Implementação de Políticas Públicas de Prevenção e Combate à Violência contra Mulheres’. A ideia é ampliar a articulação do Poder Público visando a políticas que evitem esse tipo de prática.
“Nós, homens, recorremos à violência para firmar uma pretensa superioridade que não existe”, disse, em discurso, o ministro da Justiça, Sérgio Moro. “Mulheres são melhores, mas precisam de proteção maior, até por essa condição”, completou. Também presente no evento, o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, disse que sua expectativa é que o pacto resulte em ações concretas. “Não podemos aceitar que o ódio e a violência criem raízes na nossa sociedade”, afirmou.
Citando a escritora Clarice Lispector, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, falou sobre a luta histórica das mulheres pelos próprios direitos políticos e civis. “Liberdade é pouco. O que queremos ainda não tem nome”, disse. “Sim, liberdade é pouco. O que queremos é dignidade”, completou.
A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, apresentou dados de 2018, do Disque 180, segundo os quais foram contabilizadas 92 mil denúncias de violência contra a mulher. Neste ano, já houve 42 mil registros, informou a ministra. “Mas tenho um recado para os agressores: acabou a palhaçada no Brasil! Estamos todos unidos contra a violência contra a mulher”, afirmou (ABr).