Em quatro meses, pequenos negócios criam quase 300 mil empregosOs pequenos negócios voltaram a responder pela geração de novos empregos no mês de abril. Foram os pequenos negócios os responsáveis pelo número de abertura de vagas no mercado de trabalho. Foto: Valter Campanato/ABr Segundo levantamento feito pelo Sebrae, baseado nos dados do Caged, esse segmento gerou, no mês passado, 93,7 mil postos de trabalho formais. O saldo foi quase três vezes maior que o gerado pelas média e grandes empresas e representou 72,3% do total de empregos gerados no país no mesmo período, que foi de 129,6 mil. No acumulado dos primeiros quatro meses do ano, os pequenos negócios abriram quase 300 mil novos empregos. As médias e grandes empresas (MGE) criaram apenas 20,3 mil novas vagas. Entretanto, o saldo de postos de trabalho gerados pelas micro e pequenas empresas (MPE) ainda está 14,4% abaixo do saldo gerado por elas no mesmo período do ano passado. “A recuperação do emprego depende diretamente da retomada da confiança de investidores, da aprovação das reformas no Congresso”, analisa o presidente do Sebrae, Carlos Melles. “Os números mostram que o empreendedorismo está no sangue do povo brasileiro. Foram os pequenos negócios os grandes responsáveis pelo grande número de abertura de vagas no mercado de trabalho. E isso mesmo em tempos difíceis economicamente”, acrescenta. As MPEs do setor de Serviços capitanearam a geração de empregos, com um saldo de 193 mil novos postos de trabalho. Em todos os setores, as MPEs registraram saldos positivos de empregos gerados no mês de abril, mas foram os pequenos negócios do setor de Serviços que puxaram a geração de empregos, criando mais de 55 mil postos de trabalho, 3,6 vezes mais do que as MPEs da construção civil, segundo setor em que as micro e pequenas empresas mais empregaram nesse mês. As micro e pequenas empresas do estado de São Paulo lideraram a geração de empregos, respondendo pela criação de 29,3 mil postos de trabalho e foram acompanhadas pelas MPEs de Minas Gerais, com 14,7 mil empregos, seguidas pelos pequenos negócios da região Nordeste, que responderam pela geração de 17,8 mil empregos. Praticamente todos os estados do país tiveram saldo positivo, com exceção ao Rio Grande do Sul, que registrou mais demissões que contratações no segmento (ABr). | |
Papa volta a condenar muro de Trump na fronteira com México“Quem constrói muros termina prisioneiro dos muros que constrói”, afirmou o Papa. Foto: AP O papa Francisco voltou a criticar a ideia do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de construir um muro na fronteira com o México, afirmando que é errado separar famílias e ressaltando que a defesa dos migrantes é uma “prioridade” para o seu pontificado. Durante entrevista à rede mexicana Televisa, o Pontífice também falou sobre a situação das mulheres no mundo e os casos de abuso sexual na Igreja Católica. “Não sei o que está acontecendo com esta nova cultura de defender territórios construindo muros. Já conhecemos um, aquele em Berlim, que trouxe tantas dores de cabeça e tanto sofrimento”, disse. Segundo o líder da Igreja Católica, o ato de “separar crianças dos pais vai contra a lei natural”. “É cruel. Está entre as maiores crueldades. E para defender o quê? Territórios, ou a economia de um país o sabe lá o quê”. “O homem é o único animal que cai duas vezes no mesmo buraco. Voltamos à mesma coisa, construir muros como se fosse a defesa, quando a defesa é o diálogo, o crescimento, a acolhida, a educação e integração”, observou. Nesse sentido, quando questionado sobre o que diria a Trump se tivesse frente a frente com ele, o Papa respondeu que falaria “a mesma coisa”. “Quem constrói muros termina prisioneiro dos muros que constrói”. “Toda a fortuna está concentrada em grupos muito pequenos em relação aos outros. E os pobres são mais. Então, é claro: os pobres buscam fronteiras, buscam novos horizontes”, disse.Já em relação à violência contra a mulher e o crescente número de feminicídios, Jorge Bergoglio afirmou que “o mundo não funciona sem a mulher”. “Não porque é ela que traz os filhos, deixemos a procriação de lado. Uma casa sem a mulher não funciona”, assegurou (ANSA). | Força-tarefa começa a atuar em presídios de ManausAgência Brasil A Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária começa atuar no interior dos presídios de Manaus onde ocorreram os massacres que vitimaram 55 detentos no domingo (26) e segunda-feira (27). A medida atende à solicitação feita pelo governo do Amazonas. A força-tarefa permanecerá por 90 dias, exercendo as atividades e serviços de guarda, vigilância e custódia de presos, em apoio ao governo do estado, que dará estrutura logística e sob a supervisão dos órgãos de administração penitenciária e segurança pública do estado. “O número de profissionais a ser disponibilizado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública obedecerá ao planejamento definido pelos entes envolvidos na operação”, diz ainda o documento. Vários detentos, considerados líderes dos massacres, começaram a ser transferidos para presídios federais. O ministro Sergio Moro, em uma postagem na sua conta no Twitter, disse que o ministério disponibilizaria vagas nos presídios federais para transferência das lideranças envolvidas nos “massacres”. |