Estudo da Firjan divulgado ontem (11) revela que em 14 estados brasileiros o valor médio das aposentadorias dos servidores inativos supera a média salarial dos ativos.
No Amapá, por exemplo, os aposentados do Estado (R$ 7.525) recebem quase o dobro dos ativos (R$ 4.568). No Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Santa Catarina a situação é ainda pior, já que além da diferença na remuneração, possuem mais servidores inativos do que ativos.
A nova edição do estudo “A situação fiscal dos estados brasileiros”, da Firjan, também revela que cada morador do Rio Grande do Sul, por exemplo, contribui com R$ 1.038 ao ano para cobrir o déficit de R$ 11,1 bilhões da previdência estadual. No DF, o custo por habitante é de R$ 887 e, no Rio de Janeiro, de R$ 663. Ao todo, o déficit da previdência dos estados chega a R$ 77,8 bilhões.
“Não vamos ter equilíbrio social, educação e serviços de saúde decentes sem reforma da previdência. O Congresso precisa encarar essa questão”, afirmou o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, sobre a urgência da reforma da previdência, durante o lançamento do estudo. “A situação é de total insolvência”, alertou Jonathas Goulart, gerente de estudos econômicos da federação.
A Firjan destaca que no Rio, por exemplo, o avanço das despesas previdenciárias foi financiado por receitas de alta volatilidade, a destacar as de royalties, o que não permitiu mostrar o desequilíbrio financeiro do fundo da previdência. A federação também ressalta que nos últimos anos o avanço das despesas obrigatórias, em especial despesas de pessoal, foi financiado em muitos estados pelo aumento de impostos, sobretudo o ICMS (AI/Firjan).