A Itália espera uma possível visita oficial do presidente Jair Bolsonaro entre os meses de abril e maio, disse o subsecretário de Relações Exteriores de Roma, Guglielmo Picchi, em viagem ao Brasil.
Ele fez uma rápida passagem pelo país com o objetivo de estreitar contato com o novo governo brasileiro. “Desejamos levar as relações entre Brasil e Itália a um outro patamar”, comentou o subsecretário, ressaltando que existe muita proximidade entre Bolsonaro e o vice-premier e ministro do Interior italiano, Matteo Salvini, do partido nacionalista Liga Norte.
Já sobre uma visita de Salvini ou do premier Giuseppe Conte ao país, o subsecretário explicou que só não ocorreu ainda por “falta de possibilidade”, devido aos “problemas políticos domésticos da Itália”, e não por “falta de interesse”. Mesmo antes das eleições, Salvini já tinha demonstrado apoio à candidatura de Bolsonaro e celebrou a vitória do político do PSL no pleito de outubro de 2018. “Estamos totalmente abertos e disponíveis para estreitar as relações”, ratificou Picchi.
O vice-chanceler desembarcou no país na quarta-feira (13) e cumpriu agenda em Brasília, onde teve reuniões com membros do governo, como o ministro da Cidadania, Osmar Terra, e o presidente do Ipea, Ernesto Lozardo. Em São Paulo, Picchi visitou o consulado-geral, a escola italiana Eugenio Montale e participou da assinatura de um acordo com a Prefeitura de São Bernardo do Campo para o ensino de idioma na rede pública.
Além de Bolsonaro, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, também planeja visitar a Itália nos próximos meses. Nesta semana, o subsecretário do Ministério do Desenvolvimento Econômico da Itália, Davide Crippa, também passou pelo Rio para um evento sobre energia. Apenas em 2019, dois ministros da Itália já estiveram no Brasil: Gian Marco Centinaio (Políticas Agrícolas), representante do governo na posse de Bolsonaro, e Elisabetta Trenta (Defesa) (Beatriz Farrugia/ANSA).
