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Confira as maiores tragédias ambientais no Brasil e no mundo

em Especial
quinta-feira, 31 de janeiro de 2019
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Confira as maiores tragédias ambientais no Brasil e no mundo

O rompimento de uma barragem de rejeitos minerais da Vale em Brumadinho, na tarde de sexta-feira (25), pode entrar para a história como um dos maiores desastres ambientais do Brasil em número de vítimas. Confira uma cronologia dos principais desastres ambientais:

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Carros e destroços de casas em meio a lama após o rompimento de barragem de rejeitos da mineradora Samarco no Distrito de Bento Rodrigues (MG), em 2015.

Foto: Christophe Simon/AFP

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Vista aérea da região afetada pelo rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão em Brumadinho (MG), em 2019.

Foto: Andre Penner/AP

Tragédias no mundo:
1945 – Bombas de Hiroshima e Nagasaki – Lançadas pelos Estados Unidos contra o Japão no fim da Segunda Guerra Mundial, as duas bombas nucleares mataram mais de 200 mil japoneses. Animais e plantas também morreram com o calor e as substâncias ativas no ar.

1956 – Moradores da baía de Minamata, na Japão, começaram a ter convulsões ou nascer com deformações pelo corpo. Eram os efeitos do mercúrio que a eletroquímica Chisso despejava nas águas desde a década de 1930. No total, mais de 700 pessoas morreram com dores severas devido ao envenenamento. Em 2001, uma pesquisa indicou que cerca de dois milhões de pessoas podem ter sido afetadas por comer peixe contaminado. No mesmo período de tempo, foi reconhecido que 2.955 pessoas sofreram da doença de Minamata.

1957- O sistema de resfriamento de um dos reatores da usina nuclear de Mayak falhou, causando uma explosão que espalhou uma nuvem de radiação por cerca de 20 mil km². Estima-se que, posteriormente, cerca de 8 mil pessoas tenham morrido como resultado do acidente.

1976 – Nuvem de Dioxina – A cidade de Seveso, na Itália, foi palco de um vazamento da fábrica de produtos químicos ICMESA, o qual provocou uma nuvem de dioxina. Mais de 3 mil animais morreram e outros milhares tiveram de ser sacrificados devido à contaminação. Nos seres humanos, não houve mortes diretas, mas 193 pessoas podem ter sofrido consequências físicas com a exposição tóxica, como feridas na pele, náuseas e visão turva.

1979 – Three Mile Island – Conhecida como o “Pesadelo Nuclear”, a tragédia foi causada por uma falha em um reator de uma usina nuclear da Pensilvânia. Foram lançados gases radioativos em um raio de 16 quilômetros. A população foi informada e retirada do local apenas dois
dias após o acidente.

1984 – Vazamento em Bhopal – Um vazamento em uma fábrica de agrotóxicos despejou no ar da cidade de Bhopal, na Índia, 40 toneladas de gases tóxicos. Mais de duas mil pessoas morreram pelo contato com as substâncias letais.

1986 – Explosão de Chernobyl – A explosão de um dos quatro reatores de Chernobyl, na Ucrânia, é considerado o pior acidente nuclear da história. A tragédia liberou uma radiação maior que a das bombas de Hiroshima e Nagasaki e matou 32 pessoas. Mas outras milhares de pessoas perderam a vida nos anos seguintes. A nuvem nuclear atingiu a Europa e contaminou quilômetros de vegetação.

1989 – Navio Exxon Valdez – O petroleiro colidiu com rochas submersas na costa do Alasca e iniciou um derramamento de cerca de 40 milhões de litros de petróleo, contaminando milhares de animais. De acordo com as estimativas, morreram 260 mil pássaros marinhos, 2, 8 mil lontras marinhas,250 águias e 22 orcas, além da perda de bilhões de ovos de salmão.

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Explosão de Chernobyl

Foto: Reprodução/Internet

 

1991 – Queima de petróleo no Golfo Pérsico – Antes de se render no final da Guerra do Golfo, o então presidente iraquiano Saddam Hussein ordenou a destruição de 700 poços de petróleo no Kuwait. Foram lançados mais de um milhão de litros de óleo. Até ser controlado por 10 mil bombeiros de 34 países, o incêndio durou oito meses. Mil pessoas morreram de problemas respiratórios.

1999 – Usina Nuclear de Tokaimura – Em Tóquio, capital do Japão, um acidente em uma usina de processamento de urânio fez centenas de operários ficarem expostos à radiação.

2002 – Navio Prestige – O petroleiro grego naufragou na costa da Espanha e despejou mais de dez milhões de litros de óleo no litoral da Galícia, contaminando 700 praias e matando mais de 20 mil aves.

2010 – A explosão da plataforma de petróleo da British Petroleum, no Golfo do México, matou 11 pessoas e deixou 17 feridos. Cerca de 4 milhões de barris de petróleo contaminaram as águas por 87 dias – tempo que a empresa levou para fechar o vazamento.

Tragédias no Brasil:
1984, Cubatão – Devido a um erro humano, cerca de 700 mil litros de gasolina vazaram de um oleoduto da Petrobras e causaram um incêndio de proporções catastróficas na favela Vila Socó. Estima-se que 500 pessoas tenham morrido, incluindo mais de 400 crianças.

1987, Goiânia – O dono de um ferro-velho encontrou, em um aparelho antigo de radioterapia, uma cápsula com pó branco e luz azulada. Curioso, mostrou à família e amigos. Mas a substância era cloreto de césio, que causou vômitos e tontura e, mais tarde, quatro mortes. Cerca de 120 pessoas foram contaminadas.

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Baía de Guanabara, em 2000.

Foto: Reprodução/Internet

2000, Baía de Guanabara – Um vazamento de 1,3 milhão de litros de óleo in natura da Petrobras atingiu a Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro (RJ). Um acidente com um navio petroleiro resultou no vazamento, que matou a fauna local e poluiu também o solo em vários municípios, como Magé.

2003, Cataguases – O rompimento de barragem na região de Cataguases (MG), despejou 520 mil m³ de rejeitos compostos por resíduos orgânicos e soda cáustica. Os resíduos atingiram os rios Pomba e Paraíba do Sul, originando prejuízos ao ecossistema e à população ribeirinha.

2007, Miraí – Um rompimento de barragem de mineração na região de Miraí (MG) vazou 2.280.000 m³ de água e argila.

2011, Bacia de Campos – Um vazamento de grande quantidade de óleo da Chevron na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, criou uma mancha de 162 km², o equivalente à metade da Baía de Guanabara.

2015, Mariana – Uma barragem de rejeitos da companhia Samarco, no interior de Minas Gerais, se rompeu. Os resíduos avançaram sobre Mariana e cidades vizinhas, matando 19 pessoas e contaminando a bacia do Rio Doce, que abastece mais de 230 municípios no estado e em Espírito Santo. É considerada a maior tragédia em termos de danos ambientais no Brasil (ANSA).