Eleito para assumir o governo de Goiás a partir de 1º janeiro, o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) disse ser “difícil de acreditar” nas denúncias de que o médium goiano João Teixeira de Faria, o João de Deus, teria abusado sexualmente de frequentadoras da Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia.
“É triste. É difícil acreditar em tudo isso”, disse Caiado após participar, na manhã de ontem (12), de uma reunião de seu partido, o DEM, com o presidente eleito, Jair Bolsonaro, no CCBB, em Brasília.
Afirmando não querer antecipar “juízos de valor”, Caiado disse que é necessário esperar que os órgãos de investigação e da Justiça façam seus trabalhos. “Caberá aos órgãos competentes levantar a procedência das denúncias e, a partir daí, fazer o julgamento”, disse o futuro governador goiano. Para ele, a série de denúncias constrange. “É uma pessoa que sempre teve os melhores conceitos entre pessoas que vêm do mundo inteiro. É até difícil crer em tudo aquilo que foi colocado”.
Segundo o MP de Goiás, até terça-feira (11), 206 mulheres tinham procurado atendimento alegando serem vítimas do médium. Cinco promotores e as duas psicólogas designadas para integrar a força-tarefa criada pelo MP estadual começaram a ouvir os primeiros depoimento de mulheres que afirmam ter sofrido abusos sexuais. Ontem, o médium João de Deus esteve na Casa Dom Inacio de Loyola por cerca de dez minutos. Antes de deixar o local alegando estar passando mal, ele declarou estar à disposição da Justiça (ABr).