Em encontro com líderes evangélicos de vários segmentos, o candidato à Presidência pelo PT, Fernando Haddad, ressaltou ontem (17) sua determinação em federalizar o combate ao crime organizado, reduzir o número de homicídios, garantir a liberdade religiosa e debater temas que chamou de “delicados”, como aborto e drogas.
“Um presidente não pode ser eleito para impor seu ponto de vista sobre as coisas”, disse.
Ao lado da mulher, Ana Estela, e da ex-governadora e ex-senadora Benedita da Silva (PT-RJ), Haddad passou a manhã em um hotel de São Paulo conversando com integrantes das igrejas Luterana, Metodista, Anglicana, Assembleia de Deus, Presbiteriana, Batista e Betesda. O candidato destacou que ele e a mulher seguem princípios cristãos e defendeu o Estado laico como forma de garantir a liberdade de culto.
Haddad defendeu a federalização do combate ao crime organizado e metas para reduzir o número de homicídios no país. “O combate vai ser feito pela Polícia Federal, sobretudo, [contra] as organizações que atuam em âmbito nacional e que estão deixando em situação difícil governadores que estão recebendo essas organizações agora, como é o caso do Nordeste que está sofrendo o efeito da expansão das organizações do Rio e de São Paulo”, disse, em entrevista coletiva.
O candidato defendeu a implantação de um Sistema Único de Segurança Pública, a partir de alterações constitucionais. Segundo ele, há condições de aprovar a proposta. O candidato lamentou o elevado o número de mortes no país. “Nós já temos a polícia que mais mata e que mais morre no mundo”, enfatizou (ABr).