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Temer prevê transição tranquila para o próximo governo

em Manchete Principal
terça-feira, 16 de outubro de 2018
Temer temproario

Temer temproario

Presidente Michel Temer fez palestra na Associação Comercial do Paraná, em Curitiba. Foto: Cesar Itiberê/PR

O presidente Michel Temer garantiu ontem (16) que fará uma “transição tranquila”, independentemente de quem seja eleito presidente da República. Ele fez a afirmação durante palestra na Associação Comercial do Paraná. A fim de facilitar a transição, está sendo preparado um livro contendo os feitos do atual governo, bem como sugestões de medidas a serem implementadas pelo futuro governo.
“A partir do dia 28, vamos entrar numa transição governamental, que pretendo fazer com a maior tranquilidade. Teremos pouco mais de dois meses. Já estamos nos organizando com o livro da transição para o que foi feito e o que resta a fazer”, disse Temer, lamentando o fato de não ter recebido do governo anterior ajuda similar à que vai dar ao novo governo. “Quando cheguei (à Presidência), não havia ninguém e, nos computadores, não havia dado nenhum. Tudo foi retirado. Tivemos de começar do zero”.
“Não tivemos transição de espécie alguma, o que institucionalmente é incorreto, porque as pessoas não têm de se pautar pelas emoções momentâneas, mas pelos critérios da Constituição. Por isso que digo, faremos uma transição muito tranquila àquele que for eleito”, completou. As eleições servem não apenas para definir quem será o mandatário do país, mas para eleger também quem será a oposição. O problema, acrescentou, é que no Brasil o conceito de oposição não é jurídico, e sim político, o que, segundo ele, dificulta a unidade do país em torno da proposta vencedora.
“A ideia de quem perde a eleição é a de derrotar o governo eleito. Nas campanhas eleitorais se tem dois instantes, o momento político eleitoral, em que há teses controvertidas, contestações, debates. Depois, quando passam as eleições, se entra em outro momento, que é politico-administrativo, em que todos os brasileiros devem voltar-se para o bem do país”, argumentou ao defender uma “melhora da cultura política” (ABr).