O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, prestou os esclarecimentos necessários à promotoria e teve oportunidade de demonstrar que denúncias “não são procedentes”, afirmou ontem (15), um de seus advogados, José Eduardo Rangel.
Alckmin deixou a sede do MP-SP, onde prestou depoimento no processo que investiga um suposto repasse de R$ 10 milhões em forma de caixa dois da Odebrecht para suas campanhas em 2010 e 2014.
A audiência durou cerca de uma hora e dez minutos e o tucano deixou o prédio novamente sem falar com a imprensa. Segundo seu advogado, o processo corre em sigilo de Justiça e a defesa ainda não teve acesso a todas as provas do inquérito, apenas ao conteúdo que já é público, como a delação dos executivos da empreiteira. Por outro lado, a defesa entendeu que até agora foram apurados “fatos insubsistentes” contra o ex-governador.
Questionado sobre se a delação seria suficiente para abrir uma denúncia, José Eduardo lembrou que o instrumento é apenas um meio para obter prova e deu como exemplo a rejeição da denúncia contra o senador Ciro Nogueira (PP-PI) pelo STF. “Se não forem construídas provas (contra Alckmin), não há motivo para abrir inquérito”, disse.
O advogado comentou que não se falou em novos depoimentos e que a defesa ainda não cogita pedir o arquivamento da investigação. Ele não quis opinar sobre a escolha da data do depoimento de Alckmin, no ultimo dia para inscrição das chapas à eleição. “Isso é uma consideração subjetiva, prefiro não entrar” (AE).