Ata do Copom diz que manutenção da Selic foi a melhor decisãoA manutenção da taxa básica de juros – a Selic – em 6,5% foi a “melhor decisão possível”. A informação consta da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada ontem (22) A decisão, anunciada na semana passada, surpreendeu o mercado, que esperava por um corte de 0,25 ponto percentual (pp) na Selic, como indicado pelo Copom, na reunião anterior, em março. Segundo a ata, os integrantes do Copom avaliaram a alternativa de reduzir a Selic em 0,25 pp para reduzir o risco de a inflação ficar abaixo da meta. De acordo com o documento, alguns fatores pesaram a favor dessa alternativa, como o baixo nível de inflação e o ritmo gradual de recuperação da economia, com seu “arrefecimento recente”. Entretanto, o Copom avaliou que seria melhor manter a taxa em 6,5% ao ano porque a alta do dólar reduziu as chances de a inflação permanecer abaixo da meta. A alta da moeda encarece produtos e insumos importados. “Isso tornou desnecessária a mitigação de risco de convergência demasiadamente lenta da inflação às metas. Pesando o cenário básico e o balanço de riscos, o comitê concluiu que a decisão de manter a taxa de juros no atual patamar era a mais apropriada”, afirmou o comitê, na ata. O comitê ponderou que a política monetária “não reagiu mecanicamente à evolução recente da taxa de câmbio”. “Os membros do comitê entendem que pode haver impactos do choque externo na economia brasileira, mas enfatizaram que é essencial entender que a política monetária não reagirá a esses impactos de forma automática, uma vez que suas implicações para a política monetária dependem da forma como o choque poderá se transmitir às expectativas, às projeções de inflação e ao balanço de riscos”. Para as próximas reuniões, o comitê informou que “vê como adequada a manutenção da taxa de juros no patamar corrente”. “O Copom ressalta que os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação”, afirmou (ABr). |
Aposta em inflação de 5,3% para os próximos 12 mesesOs consumidores brasileiros acreditam que a inflação no país ficará em 5,3% nos próximos 12 meses. O resultado da pesquisa de maio é superior ao 5% registrado pelos consumidores em abril. Em maio de 2017, a taxa era de 7,1%. Os dados são da Expectativa de Inflação dos Consumidores, da Fundação Getulio Vargas (FGV). A pesquisa é feita com base em entrevistas aos consumidores, que respondem à seguinte pergunta: “Na sua opinião, de quanto será a inflação brasileira nos próximos 12 meses?”. De acordo com a FGV, o aumento da expectativa deve ser analisado com cautela, uma vez que a taxa, na faixa dos 5%, ainda é baixa em termos históricos. “Por outro lado, acende-se uma luz amarela em relação à possibilidade de que a alta esteja relacionada à expressiva alta do dólar em abril e maio. Esta percepção pode ainda estar sendo aprofundada pela incerteza provocada pela instabilidade do ambiente político”, disse o pesquisador da FGV Pedro Costa Ferreira. A pesquisa faz uma coleta mensal de informações com mais de 2.100 brasileiros em Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Brasília e Recife. A margem de erro é de 2,2% e a confiabilidade probabilística, 95% (ABr). Junho deve ter bandeira tarifária amarelaA bandeira tarifária deve permanecer no patamar amarelo no mês de junho, o mesmo adotado pela Aneel em maio. A manutenção da bandeira amarela implica no adicional de R$ 1,00 para cada 100 kilowatts-hora (kWh) de energia consumidos. De acordo com o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, não houve alterações relevantes nas condições que levaram a agência a adotar a bandeira amarela em maio e que poderia apontar para um retorno à bandeira verde em junho. Rufino observou que, como há outras variáveis para a definição do mecanismo, a cor da bandeira só será confirmada na próxima sexta-feira (25), quando será divulgada a bandeira tarifária de junho. A bandeira tarifária amarela está em vigor desde o início de maio. Nos quatro primeiros meses do ano, vigorou a bandeira verde, em que não há cobrança adicional na conta de energia elétrica. O sistema de bandeiras tarifárias foi criado, de acordo com a Aneel, para sinalizar aos consumidores os custos reais da geração de energia elétrica. A adoção de cada bandeira (verde, amarela ou vermelha) está relacionada aos custos da geração de energia elétrica. O sistema de bandeiras tarifárias foi criado, de acordo com a Aneel, para sinalizar aos consumidores os custos reais da geração de energia elétrica. A adoção de cada bandeira (verde, amarela ou vermelha) está relacionada aos custos da geração de energia elétrica. Com a adoção da bandeira amarela, a Aneel aconselha os consumidores a adotar hábitos que contribuam para a economia de energia, como tomar banhos mais curtos utilizando o chuveiro elétrico, não deixar a porta da geladeira aberta e não deixar portas e janelas abertas em ambientes com ar condicionado, entre outros. | Cresceu a demanda das empresas por créditoA demanda das empresas por crédito cresceu 5,7% em abril na comparação com o mesmo mês do ano passado, conforme apurou o Indicador Serasa Experian de Demanda das Empresas por Crédito. Com este resultado, a expansão da demanda empresarial por crédito subiu 5,7% no acumulado do primeiro quadrimestre de 2018. De acordo com os economistas da Serasa Experian, a retomada do crescimento econômico, ainda que em ritmo mais lento do que se esperava o início deste ano, combinada com a retração dos juros, tem estimulado a busca das empresas por crédito que, neste mês de abril, cravou a sétima alta interanual consecutiva. A alta interanual da busca empresarial por crédito em abril foi determinada pelo comportamento das micro e pequenas empresas, que cresceram suas demandas em 5,9%. Nas médias empresas houve aumento, porém menor, de 2,4%. Nas grandes empresas houve queda foi de 1,2% neste quarto mês do ano. Frente ao acumulado dos primeiros quatro meses do ano passado, as empresas de serviços expandiram suas demandas por crédito em 8,2%. Nas empresas comerciais a alta interanual foi de 3,2% e nas empresas industriais, a expansão foi de 5,2%. |