Secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo. |
O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, prometeu adotar as “sanções mais fortes da história” contra o Irã se o país persa não mudar a postura em relação a seu programa nuclear e balístico. Para impedir essas medidas, Pompeo elencou uma lista de 12 exigências que o governo iraniano deve cumprir, como interromper o enriquecimento de urânio e plutônio e garantir “acesso a todas” as plantas nucleares do país, medidas já previstas pelo acordo rompido pelos próprios Estados Unidos.
Além disso, o secretário de Estado cobrou a libertação de todos os cidadãos norte-americanos, o fim das ameaças a Israel, a retirada das forças iranianas da Síria e a interrupção do apoio aos rebeldes xiitas houthis no Iêmen – nestes dois últimos países, o Irã trava guerras por procuração contra a Arábia Saudita, aliada dos EUA.
Caso Teerã faça “mudanças significativas”, Pompeo disse que os Estados Unidos estariam dispostos a “levantar todas as sanções” e a recuperar “plenamente as relações diplomáticas e comerciais”. As declarações tiveram resposta imediata do presidente do Irã, Hassan Rohani. “Quem é você para decidir pelo Irã e pelo mundo? Esses tempos acabaram. O governo Trump fez os americanos voltarem 15 anos no tempo, mas hoje o mundo não aceita mais que os EUA decidam pelos outros”, disse o mandatário.
Donald Trump retirou seu país do acordo nuclear no último dia 8 de maio, mas França, Alemanha e Reino Unido abriram negociações com Teerã para manter o tratado. A Rússia, aliada do Irã, também critica a medida dos EUA e alega que o rompimento do pacto pode favorecer o radicalismo no país persa (ANSA).