O Walmart pretende expandir o InHome, seu serviço de entregas, fazendo com que este passe a atender 30 milhões de lares até o final do ano; atualmente, são atendidos 6 milhões. Para isso, contratará mais de 3 mil motoristas e adquirirá uma frota de vans totalmente elétricas.
Vivaldo José Breternitz (*)
O serviço InHome, que compreende mais de 160 mil itens e 3.400 lojas, foi lançado em 2019 e tem o Amazon Prime como seu principal concorrente. Seus usuários pagam uma taxa mensal de US$ 19,95 ou US$ 148 por ano, um pouco mais do que os US$ 119 cobrados pelo Amazon Prime; como parte da guerra publicitária, o Walmart diz que em seu preço está incluída a gorjeta dos entregadores.
Os itens devem ser adquiridos pelo aplicativo Walmart; na hipótese de os moradores estarem ausentes, os motoristas destrancarão a porta da casa do cliente usando um código de acesso único, vestindo um colete dotado de câmera que registrará o processo de entrega. Será necessária uma fechadura digital, que pode ser adquirida no Walmart por US$ 50.
Ainda como parte da guerra contra a Amazon, célebre pela forma ruim com que trata seu pessoal de entregas, o Walmart diz que seus motoristas trabalharão em tempo integral, receberão benefícios como seguro médico, oftalmológico e odontológico, previdência complementar e auxílio financeiro para cursos superiores.
A empresa planeja utilizar uma frota de vans totalmente elétricas, provavelmente fornecidas pela divisão Cruise, da GM; também cogita utilizar veículos autônomos criados por uma startup chamada Gatik. Esses veículos já estão sendo testados.
Se o plano tiver sucesso, cerca de 70% da população dos Estados Unidos terá acesso ao InHome.
(*) É Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é consultor de empresas.