Vivaldo José Breternitz (*)
O Telegram, como o WhatsApp, é um serviço de mensagens instantâneas que está disponível para smartphones, tablets e computadores. Seus usuários podem fazer chamadas, enviar mensagens, fotos, vídeos e arquivos de outros tipos.
O Telegram foi criado em 2013 pelos irmãos Nikolai e Pavel Durov, os fundadores do VK, a maior rede social da Rússia, mas é uma empresa independente, sediada em Dubai.
Entre seus usuários, está o presidente Jair Bolsonaro, que, como outras pessoas identificadas com a direita, mantém contas no Telegram.
No final de agosto, o Telegram ultrapassou a marca de um bilhão de instalações, juntando-se a outros aplicativos que já haviam atingido essa marca, como o Messenger e o próprio WhatsApp. O Telegram, como o WhatsApp, tem na Índia o maior número de instalações; esse país, o segundo maior mercado de internet do mundo, concentra aproximadamente 22% das instalações do Telegram. A Índia é seguida pela Rússia e pela Indonésia, onde estão cerca de 10% e 8% respectivamente.
É importante notar que o número de instalações não equivale à base de usuários ativa do aplicativo; o Telegram tinha cerca de 500 milhões de usuários ativos mensais no início deste ano, por exemplo. Mas o aumento nos downloads, que coincide com as dificuldades do WhatsApp em comunicar suas novas políticas de privacidade à sua enorme base de usuários, permite afirmar que o aplicativo ganhou muitos novos usuários nos últimos meses.
O Telegram, que no início deste ano arrecadou mais de US$ 1 bilhão, é o décimo quinto aplicativo em todo o mundo a ser baixado 1 bilhão de vezes ou mais, posicionando-se ao lado de, entre outros, WhatsApp, Messenger, Facebook, Instagram, Snapchat, Spotify e Netflix.
Nada mau para um aplicativo que não está vinculado às big techs americanas.
(*) Vivaldo José Breternitz, Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie.